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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

SONETO DA MAIOR VERDADE DO UNIVERSO



Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

SONETO

São tantos os que buscam de forma tresloucada
Lugar de destaque, reconhecimento e posição
Desenfreadamente lutam por toda a vida
Para no fim encontrar apenas dor e desilusão

É que os tais jamais tomaram conhecimento
Da maior verdade que existe no universo
Que o sucesso não está atrelado a nada deste firmamento
Mas é muito maior e impossível de se pôr em versos

Nesta rápida vida a verdadeira realização
Não está na matéria, no status ou na posição
A verdade é que para não sermos pessoas errantes

É bem melhor o vale da sombra da morte
Na companhia de Jesus que é a nossa sorte
Do que viver sem Ele em pastos verdejantes.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A CULPA É O CAMINHO PARA O AMOR DE DEUS



Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

A CULPA É O CAMINHO PARA O AMOR DE DEUS

Inegavelmente, as Santas Escrituras nos convocam a uma ruptura com nossa vida pregressa. O Evangelho de Jesus Cristo, o qual foi iniciado pela pregação de João Batista, nos chama a um arrependimento. Tanto Jesus, quanto João Batista, pregavam sobre o arrependimento do pecado. Sem um verdadeiro arrependimento jamais poderemos sair da trajetória que andávamos outrora. A ponto de João Batista afirmar que o verdadeiro arrependimento é perceptível pela produção dos frutos do arrependimento. De tal forma era a necessidade de mostra-se o arrependimento mediante a produção dos seus frutos, que João Batista chamou de “raça de víboras” as pessoas que procuravam seu batismo, sem contudo demonstrar o verdadeiro arrependimento.
Perceba: todo aquele que procura a Jesus, mas não produz os frutos do arrependimento, são, no dizer do João, “raça de víboras”.
Outrossim, o elemento inicial e central para que o sentimento de arrependimento surja em nós, é a culpa. O arrependimento é filho da culpa. O sentimento de culpa por tudo o que fizemos; culpa pelos nossos erros e pecados; culpa por uma vida totalmente divorciada da vida que Deus quer para nós.
A culpa não apenas nos põem no banco dos réus, mas também nos faz réus confesso.
No entanto, a culpa não deve ser uma eterna companheira de jornada. A culpa tem uma função, e a função da culpa é fazer-nos buscarmos ao único que pode desfazer todo o mal que fora feito. A culpa deve nos levar a Jesus, para que Ele troque-a por perdão. Veja, assim como não sentir-se culpado pelos nossos pecados é devastador, ou até mesmo fatal para nossa vida; o sentimento de culpa que levamos além do ponto necessário, também pode nos levar a destruição.
Como disse, a culpa tem uma função, e esta função é buscarmos perdão em Cristo. Ora, uma vez que a culpa surge pelos pecados cometido, e como o perdão de Cristo paga esses pecados diante de Deus, logo a culpa também deve ser entregue ao Senhor. Quando aquilo que nos culpava, já foi pago, logo podemos concluir que a culpa cumpriu sua missão, que é justamente a de nos fazer busca solução para nossos pecados.
Se continuo sentindo-me culpado pelos erros e pecados, na mesma intensidade de antes, é porque talvez eu não tenha de fato entendido que Cristo me purificou de todo o pecado. Não que nós deixemos de ser pecadores quando aceitamos a Jesus como Salvador, ou que eu não deva mais me arrepender após ter nascido novamente. O arrependimento não é um ato, mas sim um estilo de vida. Mas, agora sei que meus erros já foram pagos por Jesus, e uma vez que me apodero de uma das verdades mais lindas, amorosas e graciosas que já existiu, a saber: o Sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, então sei que posso descansar no sacrifício do Cordeiro de Deus.

A culpa é a estrada que nos conduz ao perdão que só Jesus pode dar. Ou seja, a culpa não é um fim, mas um meio. O fim é o perdão e o amor de Cristo, que, aliás, não têm fim. Quando chegar aos pés de Jesus deposite seus pecados, mas não esqueça de deixar lá também as suas culpas.  

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015




PERDOE-SE

Às vezes nós somos nossos maiores carrascos. Às vezes, a pessoa mais crítica ao nosso respeito somos nós mesmos. Às vezes, somos tão intolerantes com nós mesmos que não precisamos de mais nenhum inimigo, pois o nosso maior adversários está dentro de nós, ou seja, somos nós mesmos.
Nossa auto intolerância nos leva a uma situação de um suicídio espiritual, e ainda a outras coisas daninhas, bem como depressão, complexos de inferioridade e etc.
Imagine que você tenha uma pessoa que lhe oprime. Mais que isso, ela não apenas lhe oprime através de palavras ou lhe expondo a situações ridículas, mas também este seu verdugo lhe oprime fisicamente, e sempre que pode te alcançar ele bate em você. É quase como os valentões da escola, que sempre “escolhem” um certo menino, menor física e psicologicamente, para caçoar dele, e também para bater-lhe na frente de toda a escola. 
Já pensou qual é a sensação que este pobre coitado tem toda vez que tem o desprazer de ver seu valentão?
Imagine mais um pouco, e pense que esta relação entre opressor e oprimido, caçoador e caçoado, ridicularizante e ridiculariza não se encerrasse durante a infância, mas continuasse já tendo ambos entrados na idade adulta. Essa segunda situação é ainda pior do que a primeira, pois é comum, até certo ponto, que situações como esta aconteçam no início da vida durante a infância. Porém, quando ela continua com o passar dos anos, torna-se mais vexatória e cruel. É ainda mais revoltante.
Às vezes, é isso que nós fazemos com nós mesmos.
 Dentro de cada um de nós mora um “valentão”, que já deveria ter perdido este posto a muito tempo e ter desaparecido de nossas vidas, mas que nos persegue a vida toda, e transforma nosso viver em um verdadeiro inferno. Esse valentão, fruto de nosso sentimento de autoflagelação e de um ego masoquista, na verdade somos nós, punindo-nos sem medida.
Diante deste quadro miserável de sofrimento, viver torna-se um tormento de proporções inimagináveis, fazendo da existência a pior coisa da vida. A vida se transforma em um inferno, e existir nada mais é do que uma sequência de dias depressivos e angustiantes.
Quem geralmente sofre deste problema, também reflete-o em suas relações pessoais, pois quem não si perdoa não encontra razão para perdoar outros. Assim como todo sentimento ruim, a culpa cultivada em nosso ser ramifica-se para em quem está ao nosso redor.
Os tais mantém o seguinte pensamento: “se sou tão duro comigo, porque ser tolerante com os outros?!”.   
A culpa procria!
Jamais aprenderemos a conceder perdão aos outros, sem antes concedê-lo a nós próprios.
Não seja tão duro consigo mesmo. Você é falho como todas as pessoas são. Coloque este valentão que mora em você no lugar que ele deve estar: no Museu do Esquecimento.
Para resolver este dilema de falta de perdão a si próprio, é bom que nos lembremos de algumas verdades:

1 – Jesus já pagou por todos os nossos erros. Em Cristo temos total perdão dos nossos pecados, sendo inocentes diante de Deus, pela imposição da nossa culpa em Jesus. Ora, se Deus nos perdoa em Cristo, quem somos nós para não nos perdoarmos também!

2 – Perdão é uma questão de decisão. Deus decidiu nos perdoar mediante o sacrifício de Jesus. Ele poderia não fazê-lo, mas o fez! Então, decida perdoar-se. Como disse, é uma questão de decisão.

3 – Ninguém jamais poderá perdoar outros se primeiro não se perdoar. Um coração perdoador é perdoador para com todos, inclusive consigo próprio.

4 – O coração é enganoso. A Bíblia diz o coração é enganoso é perverso (Jeremias 17:9).

5 – Lembre-se que o apóstolo João também dos diz:

Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.

1 João 3:20   

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015






DAVI E GOLIAS
Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

O relato que se segue
Nos termos abaixo contados
É um feito miraculoso
E deixa muitos desconfiados

No entanto eu garanto
E digo totalmente convencido
Que a história ora relatada
É fiel aos fatos acontecidos

Ela se deu a muito tempo
Em local longe por demais
E nos mostra com plena clareza
Do que nosso Deus é capaz

Existia um certo moço
Destemido como eu nunca vi
Filho de um homem chamado Jessé
O seu nome era Davi

Ele era o caçula
De uma família humilde e decente
Desde novo era pastor
E trabalhava muito contente

Nesta época se deu uma guerra
Dois povos a batalhar
Filisteu contra israelita
Lutavam até se matar

Mas um fato inesperado
Deixou a guerra desproporcional
Era um guerreiro chamado Golias
De tamanho descomunal

Este tal era um gigante
Do exército dos filisteus
Homem experimentado na guerra
Mas que não temia a Deus

Dentre os israelitas não tinha
Homem com coragem bastante
Para duelar com o tal guerreiro
E matar o infame gigante

O rei Saul já estava aperreado
Sem ter a quem socorro buscar
Prometeu a quem matasse o gigante
Riqueza, isenção de imposto e de quebra sua filha para casar

Mas de onde não se espera
É que vem o auxílio que se deseja
Pois enquanto os soldados se amedrontaram
Davi se ofereceu para a peleja

Davi falou; para estes guerreiros
Golias traz aperto ao coração
Mas para mim é diferente
Ele vai me dar uma promoção 

Diante de tal proposta
Davi disse: assim farei
Entrei aqui solteiro e pobre
Vou sair rico e genro do rei

O gigante desaforado
Hoje comigo vai lutar
Eu conheço ao Deus que sirvo
Golias não perde por esperar

Então Davi logo se apresentou
Sem qualquer arma na mão
Olhou para Saul e disse
Hoje seus problemas se acabarão

Eu luto esta peleja
Pode ficar olhando aqui de pé
E a luta não vai ser demorada
Pois minha arma é a fé

Então Saul olhou para Davi
E em seus pensamentos falou:
Esse menino deve estar bêbado
Ou ruim da cabeça ficou

Mas o rei Saul não tinha
Mais a quem recorrer
Enviou Davi à guerra
Esperando ele morrer

Saul ainda deu a Davi
Sua armadura para usar
Davi até a pois no corpo
Mas não conseguiu sequer andar

Davi disse a Saul
Armadura nunca usei
Para mantar esse gigante
Minha funda usarei

Então Saul pensou novamente
Esse jovem magro como um marreco
Eu já estou com pena dele
Golias o mata de um peteleco

Davi ainda lhe disse
Rei, não se preocupe não
Não se deixe enganar pela aparência
Pois saiba que eu já matei um urso e um leão

Se calme, rei Saul
E descanse o pensamento
Lembre-se do velho ditado
“Tamanho não é documento”

E assim foi nosso pastorzinho
Caminhando em direção ao gigante
Cheio de fé no coração
Com passos pequenos, mas constantes

Golias entediado
Pelo tempo que passava
Queria uma boa briga
Mas ninguém lhe afrontava

O gigante olhou atento
Uma figura em formação
E achou que pelo tamanho
Ou era uma criança ou um anão

De início não sabia
O que estava acontecendo
Ao ver aquele jovem
Em sua direção se movendo

A uma certa distância
Davi então parou
Golias fitando os olhos nele
Em seguida falou:

Menino, você ta doido
Não é lugar para criança estar
Vai saindo logo daqui
E arrume outro lugar para brincar

Vou te dar um chance
E não faça qualquer arrodeio
De meio volta e siga
Pelo lugar que você veio

Davi muito tranquilo
Não esboçou qualquer reação
Arrumou sua pequena funda
E deixou a pedra na mão

Davi disse: suas palavras arrogantes
Jamais me amedrontarão
Daqui a alguns instantes
Tu vai tá morto no chão

E vamos deixar de conversa
Acabe com esse falatório
Dê adeus a este mundo
Que mais tarde é seu velório

Golias então pensou:
Nunca vi tamanha relutância
O que lhe faltou em estatura
Está sobrando em petulância

Eu confesso que não queria
Levar esse moço a morrer
Mas se é a vontade dele
Eu não tenho o que fazer

Quem olhava para a cena
Via a diferença entre os participantes
De uma lado um franzino pastor
Do outro um enorme gigante

Golias então levantou-se
E aprumou a armadura
Pegou sua enorme espada
E a pois na cintura

De uma forma muito simples
Davi para as pedras pois a olhar
Colocou uma delas na funda
E começou a girar

Logo após umas giradas
Na cabeça do gigante Davi mirou
Mandou a pedra com força
E no meio da testa de Golias ele acertou

 O golpe foi certeiro
Sem qualquer reação
A vista de Golias escureceu
E ele caiu ficando no chão

Então o jovem Davi
Perto do abatido gigante chegou
Pegou a espada dele
E sua cabeça cortou

Os filisteus olhavam atônitos
Por mais incrível que pareça
Que o seu invencível guerreiro
Estava morto e sem cabeça

O rei Saul de longe olhava
Golias estendido no chão
Davi virou para ele e mostrou
A cabeça do gigante pendurada em sua mão

Foi aí então que os filisteus
Perderam a vantagem que tinham
E ficaram ainda mais assombrados
Pois os israelitas contra eles vinham

Essa foi a história
Acredite quem quiser
O dia em que um pequeno jovem
Um gigante matou com sua fé

Então podemos aprender
Com essa história dos filisteus
Que o verdadeiro gigante
É aquele que está ao lado de Deus




quinta-feira, 3 de dezembro de 2015





PREGAÇÃO

 Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer


Em termos de pregação nada se cria, tudo se copia. Pregar é propagar os princípios constantes na Palavra de Deus. E nada mais. O mensageiro que sai dos trilhos da Palavra e começa a querer inventar, está sendo um herege e tornando-se um falso profeta.
Uma verdade pode ser dita de várias formas, mas a verdade é imutável. O que pode variar é a forma de se apresentá-la. Com a pregação bíblica acontece exatamente igual. Podemos apresentar as verdades bíblicas de várias formas, tais como por pregação, ilustração, musicalmente, e etc. Todavia, em hipótese alguma o conteúdo sagrado deve ser modificado, pois obrigatoriamente deve ser cirurgicamente transmitido como está na Bíblia. A forma e o meio de propagação podem ser alterados, mas o teor da mensagem jamais.
Quem prega o que não está na Bíblia, prega sua própria palavra e não a Palavra de Deus. Aliás, é esta a diferença básica de um pregador da Palavra de um palestrante qualquer. Aquele fala do quem tem na Bíblia, este fala de outras coisas. A Bíblia diz que somos despenseiros, ou seja, vamos à despensa de Deus, e lá “pegamos” alguma verdade e a pregamos. O dever do pregador ou do despenseiro, é distribuir, ou ainda, tonar público o que tem na despensa, e não querer “criar”.  
Temos o indescritível privilégio de adentramos na despensa do Senhor, mas jamais poderemos alterar ou servir o que não tem nesta Santa despensa. O pregador está mais para um garçom, do que para um cozinheiro, pois o garçom apenas serve, o cozinheiro cria.    
Não temos autoridade, nem muito menos capacidade, para acrescentarmos, retirarmos ou modificarmos algo da Palavra de Deus. A Palavra de Deus é perfeita pois é obra de um Deus Perfeito, e se Deus a quis assim é porque assim é que deve ser.

Por tanto, você pregador lembre-se: a Palavra não é sua, é de Deus!