PERDOE-SE
Às vezes
nós somos nossos maiores carrascos. Às vezes, a pessoa mais crítica ao nosso
respeito somos nós mesmos. Às vezes, somos tão intolerantes com nós mesmos que não
precisamos de mais nenhum inimigo, pois o nosso maior adversários está dentro
de nós, ou seja, somos nós mesmos.
Nossa auto
intolerância nos leva a uma situação de um suicídio espiritual, e ainda a outras
coisas daninhas, bem como depressão, complexos de inferioridade e etc.
Imagine que
você tenha uma pessoa que lhe oprime. Mais que isso, ela não apenas lhe oprime
através de palavras ou lhe expondo a situações ridículas, mas também este seu
verdugo lhe oprime fisicamente, e sempre que pode te alcançar ele bate em você. É quase como os valentões da escola, que sempre “escolhem” um
certo menino, menor física e psicologicamente, para caçoar dele, e também para bater-lhe na frente de toda a escola.
Já pensou qual é a sensação que este pobre
coitado tem toda vez que tem o desprazer de ver seu valentão?
Imagine
mais um pouco, e pense que esta relação entre opressor e oprimido, caçoador e
caçoado, ridicularizante e ridiculariza não se encerrasse durante a infância,
mas continuasse já tendo ambos entrados na idade adulta. Essa segunda situação
é ainda pior do que a primeira, pois é comum, até certo ponto, que situações
como esta aconteçam no início da vida durante a infância. Porém, quando ela
continua com o passar dos anos, torna-se mais vexatória e cruel. É ainda mais
revoltante.
Às vezes,
é isso que nós fazemos com nós mesmos.
Dentro de cada um de nós mora um “valentão”, que
já deveria ter perdido este posto a muito tempo e ter desaparecido de nossas
vidas, mas que nos persegue a vida toda, e transforma nosso viver em um
verdadeiro inferno. Esse valentão, fruto de nosso sentimento de autoflagelação
e de um ego masoquista, na verdade somos nós, punindo-nos sem medida.
Diante deste
quadro miserável de sofrimento, viver torna-se um tormento de proporções
inimagináveis, fazendo da existência a pior coisa da vida. A vida se transforma
em um inferno, e existir nada mais é do que uma sequência de dias depressivos e
angustiantes.
Quem geralmente
sofre deste problema, também reflete-o em suas relações pessoais, pois quem não
si perdoa não encontra razão para perdoar outros. Assim como todo sentimento
ruim, a culpa cultivada em nosso ser ramifica-se para em quem está ao nosso
redor.
Os tais
mantém o seguinte pensamento: “se sou tão duro comigo, porque ser tolerante com
os outros?!”.
A culpa procria!
Jamais aprenderemos
a conceder perdão aos outros, sem antes concedê-lo a nós próprios.
Não seja
tão duro consigo mesmo. Você é falho como todas as pessoas são. Coloque este
valentão que mora em você no lugar que ele deve estar: no Museu do Esquecimento.
Para resolver
este dilema de falta de perdão a si próprio, é bom que nos lembremos de algumas
verdades:
1 – Jesus já
pagou por todos os nossos erros. Em Cristo temos total perdão dos nossos
pecados, sendo inocentes diante de Deus, pela imposição da nossa culpa em Jesus.
Ora, se Deus nos perdoa em Cristo, quem somos nós para não nos perdoarmos
também!
2 – Perdão
é uma questão de decisão. Deus decidiu nos perdoar mediante o sacrifício de
Jesus. Ele poderia não fazê-lo, mas o fez! Então, decida perdoar-se. Como disse,
é uma questão de decisão.
3 –
Ninguém jamais poderá perdoar outros se primeiro não se perdoar. Um coração
perdoador é perdoador para com todos, inclusive consigo próprio.
4 – O coração
é enganoso. A Bíblia diz o coração é enganoso é perverso (Jeremias 17:9).
5 – Lembre-se
que o apóstolo João também dos diz:
Sabendo que, se o
nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas
as coisas.
1
João 3:20
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