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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A CULPA É O CAMINHO PARA O AMOR DE DEUS



Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

A CULPA É O CAMINHO PARA O AMOR DE DEUS

Inegavelmente, as Santas Escrituras nos convocam a uma ruptura com nossa vida pregressa. O Evangelho de Jesus Cristo, o qual foi iniciado pela pregação de João Batista, nos chama a um arrependimento. Tanto Jesus, quanto João Batista, pregavam sobre o arrependimento do pecado. Sem um verdadeiro arrependimento jamais poderemos sair da trajetória que andávamos outrora. A ponto de João Batista afirmar que o verdadeiro arrependimento é perceptível pela produção dos frutos do arrependimento. De tal forma era a necessidade de mostra-se o arrependimento mediante a produção dos seus frutos, que João Batista chamou de “raça de víboras” as pessoas que procuravam seu batismo, sem contudo demonstrar o verdadeiro arrependimento.
Perceba: todo aquele que procura a Jesus, mas não produz os frutos do arrependimento, são, no dizer do João, “raça de víboras”.
Outrossim, o elemento inicial e central para que o sentimento de arrependimento surja em nós, é a culpa. O arrependimento é filho da culpa. O sentimento de culpa por tudo o que fizemos; culpa pelos nossos erros e pecados; culpa por uma vida totalmente divorciada da vida que Deus quer para nós.
A culpa não apenas nos põem no banco dos réus, mas também nos faz réus confesso.
No entanto, a culpa não deve ser uma eterna companheira de jornada. A culpa tem uma função, e a função da culpa é fazer-nos buscarmos ao único que pode desfazer todo o mal que fora feito. A culpa deve nos levar a Jesus, para que Ele troque-a por perdão. Veja, assim como não sentir-se culpado pelos nossos pecados é devastador, ou até mesmo fatal para nossa vida; o sentimento de culpa que levamos além do ponto necessário, também pode nos levar a destruição.
Como disse, a culpa tem uma função, e esta função é buscarmos perdão em Cristo. Ora, uma vez que a culpa surge pelos pecados cometido, e como o perdão de Cristo paga esses pecados diante de Deus, logo a culpa também deve ser entregue ao Senhor. Quando aquilo que nos culpava, já foi pago, logo podemos concluir que a culpa cumpriu sua missão, que é justamente a de nos fazer busca solução para nossos pecados.
Se continuo sentindo-me culpado pelos erros e pecados, na mesma intensidade de antes, é porque talvez eu não tenha de fato entendido que Cristo me purificou de todo o pecado. Não que nós deixemos de ser pecadores quando aceitamos a Jesus como Salvador, ou que eu não deva mais me arrepender após ter nascido novamente. O arrependimento não é um ato, mas sim um estilo de vida. Mas, agora sei que meus erros já foram pagos por Jesus, e uma vez que me apodero de uma das verdades mais lindas, amorosas e graciosas que já existiu, a saber: o Sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, então sei que posso descansar no sacrifício do Cordeiro de Deus.

A culpa é a estrada que nos conduz ao perdão que só Jesus pode dar. Ou seja, a culpa não é um fim, mas um meio. O fim é o perdão e o amor de Cristo, que, aliás, não têm fim. Quando chegar aos pés de Jesus deposite seus pecados, mas não esqueça de deixar lá também as suas culpas.  

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