Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer
A CULPA É O CAMINHO PARA O AMOR DE DEUS
Inegavelmente,
as Santas Escrituras nos convocam a uma ruptura com nossa vida pregressa. O Evangelho
de Jesus Cristo, o qual foi iniciado pela pregação de João Batista, nos chama a
um arrependimento. Tanto Jesus, quanto João Batista, pregavam sobre o
arrependimento do pecado. Sem um verdadeiro arrependimento jamais poderemos
sair da trajetória que andávamos outrora. A ponto de João Batista afirmar que o
verdadeiro arrependimento é perceptível pela produção dos frutos do
arrependimento. De tal forma era a necessidade de mostra-se o arrependimento
mediante a produção dos seus frutos, que João Batista chamou de “raça de
víboras” as pessoas que procuravam seu batismo, sem contudo demonstrar o
verdadeiro arrependimento.
Perceba: todo
aquele que procura a Jesus, mas não produz os frutos do arrependimento, são, no
dizer do João, “raça de víboras”.
Outrossim, o
elemento inicial e central para que o sentimento de arrependimento surja em
nós, é a culpa. O arrependimento é filho da culpa. O sentimento de culpa por
tudo o que fizemos; culpa pelos nossos erros e pecados; culpa por uma vida
totalmente divorciada da vida que Deus quer para nós.
A culpa não apenas
nos põem no banco dos réus, mas também nos faz réus confesso.
No entanto, a
culpa não deve ser uma eterna companheira de jornada. A culpa tem uma função, e
a função da culpa é fazer-nos buscarmos ao único que pode desfazer todo o mal
que fora feito. A culpa deve nos levar a Jesus, para que Ele troque-a por
perdão. Veja, assim como não sentir-se culpado pelos nossos pecados é
devastador, ou até mesmo fatal para nossa vida; o sentimento de culpa que
levamos além do ponto necessário, também pode nos levar a destruição.
Como disse, a
culpa tem uma função, e esta função é buscarmos perdão em Cristo. Ora, uma vez
que a culpa surge pelos pecados cometido, e como o perdão de Cristo paga esses
pecados diante de Deus, logo a culpa também deve ser entregue ao Senhor. Quando
aquilo que nos culpava, já foi pago, logo podemos concluir que a culpa cumpriu
sua missão, que é justamente a de nos fazer busca solução para nossos pecados.
Se continuo
sentindo-me culpado pelos erros e pecados, na mesma intensidade de antes, é
porque talvez eu não tenha de fato entendido que Cristo me purificou de todo o
pecado. Não que nós deixemos de ser pecadores quando aceitamos a Jesus como
Salvador, ou que eu não deva mais me arrepender após ter nascido novamente. O arrependimento
não é um ato, mas sim um estilo de vida. Mas, agora sei que meus erros já foram
pagos por Jesus, e uma vez que me apodero de uma das verdades mais lindas,
amorosas e graciosas que já existiu, a saber: o Sangue de Jesus nos purifica de
todo o pecado, então sei que posso descansar no sacrifício do Cordeiro de Deus.
A culpa é a
estrada que nos conduz ao perdão que só Jesus pode dar. Ou seja, a culpa não é
um fim, mas um meio. O fim é o perdão e o amor de Cristo, que, aliás, não têm
fim. Quando chegar aos pés de Jesus deposite seus pecados, mas não esqueça de
deixar lá também as suas culpas.
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