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sábado, 31 de dezembro de 2016

AO DEUS AINDA DESCONHECIDO

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AO DEUS AINDA DESCONHECIDO

O livro dos Atos do Apóstolos, em seu capítulo 17, traz o registro de um feito maravilhoso realizado pelo Senhor através da vida do apóstolo Paulo. Aliás, através da vida deste apóstolo, o Senhor fez coisas maravilhosas.
Conta-nos as Sagradas Escrituras que certo dia o apóstolo dos gentios chegou em um determinado lugar, onde seu espírito ficou comovido ao ver quão grande era a idolatria que havia tomado conta daquele lugar.
A cidade era Atenas, capital da Grécia, cidade onde muitos dos sábios daquela época, e que são estudados e reverenciados até hoje, nasceram. De fato, a Grécia é reconhecida até os dias atuais como sendo um dos lugares do berço da filosofia. Indivíduos que aos olhos do Mundo eram tidos como eruditos, grandes conhecedores das ciências humanas, mas pobres analfabetos quando se trata do único conhecimento que tem valor para a vida eterna: a Palavra de Deus.
Naquele lugar não havia apenas gregos, mas também outros religiosos e judeus, de sorte que Paulo disputava com eles todos os dias na praça (At. 17:17). Ou seja, Paulo argumentava com eles, pois fora ali para pregar a mensagem do Evangelho.
Qual não era a luta do apóstolo Paulo em disputar contra tão vasta gama de contendedores. É que apesar de serem muitos, e dos mais variados locais, eles também detinham aprofundados conhecimentos. Os gregos eram idólatras, e mantinham acesa a chama de sua mitologia, onde deuses, semideuses e toda sorte de seres mitológicos eram tidos como reais, e não apenas como mito ou simplesmente lendas (apesar de não serem sinônimas, as palavras “mito” e “lenda” elas têm em comum o fato de serem narrativas utilizadas para explicar algo que não se poderia compreender naturalmente. As “lendas” são narrativas que têm por objeto algo sobrenatural e folclórico (lobisomem, etc). Já o “mito” é a narrativa que visa explicar algum fenômeno natural incompreensível mediante o uso do elementos sobrenatural (o Sol ser dito como uma divindade).  
Hoje chamamos de mitologia o que para os gregos daquela época era pura religião. Além de terem suas mentes inundadas pelas fábulas mitológicas, as quais eles dominavam sobremaneira, os gregos também eram famosos por seus discursos e poder de argumentação, a tal ponto que as defesas jurídicas e discursos de Cícero são lidas e estudas até hoje.
Não era nada fácil disputar em argumentação e sustentar qualquer tese contra os gregos. Os gregos era um povo formados por homens que seguiam várias linhas de pensamento. Eram divididos, dentre outros, entre epicureus e estoicos. Em linhas gerais podemos dizer que os epicureus defendiam a tese de que o homem deveria sempre buscar a felicidade e o prazer, enquanto os estoicos afirmavam que o homem deveria aceitar seu destino.
Então já se observa que ambas estes correntes de pensamento filosófico são totalmente contrárias aos ensinos de Cristo, os quais Paulo estava pregando e defendo contra os ataques de todos aqueles homens versados na oratória. Nem a busca pelo prazer dos epicureus, nem aceitar seu destino como ensinava o estoicos, o Evangelho nos ensina que devemos levar nossa cruz bem como também ser plenamente possível a mudança de vida pelo novo nascimento.     
Havia também uma grande quantidade de outros religiosos que defendiam suas seitas, na tentativa de sempre fazer mais um prosélito para seu rebanho. Acredito que muitos romanos e egípcios, dentre outros, com suas crenças em divindades pagãs, bem como em seus sistemas religiosos já firmados a séculos, e que se encontravam impregnados em seus pensamentos, criados raízes em seus corações.
Ainda havia o grupo dos judeus, dos quais o próprio Paulo um dia foi ferrenho defensor, até que um dia cansou de “dar murro em ponta de faca”, ou, como disse o próprio Jesus, cansou de recalcitrar contra os aguilhões. Os judeus eram obrigados a manter na ponta da língua toda a Lei do Antigo Testamento. E como se fosse pouco os fariseus se encarregaram de fermentar ainda mais o conjunto de Leis dadas por Deus a Moises. Os judeus possuíam não apenas grande conhecimento religioso, mas também inabalável convicção acerca da verdade sobre o Deus de Abraão. Claro que esta inabalável convicção não resistia a exposição do Evangelho de Jesus Cristo, cuja Palavra é martelo que esmiúça a penha.
Os judeus também tinham grandes professores e estudioso da Lei de Moisés. Não era nada fácil disputar teologicamente contra os tais. Os seus “doutores da lei” de fato eram conhecedores do Velho Pacto. Muitos deles, que eram responsáveis por fazer cópias da Lei, passavam vários anos transcrevendo todos os Livros do Velho Testamento, a tal ponto que conheciam letra por letra de tudo que havia escrito neles. De tal forma que, assim como os gregos eram versados no conhecimento da retórica, argumentação, mitologia e filosofia, os judeus eram mestres no conhecimento do Velho de Testamento.   
Então o labor de Paulo não era pequeno.  Disputar contra gregos, contra religiosos e contra judeus era tarefa árdua, semelhante a um lutador de arte marciais que tivesse de lutar contra vários outros lutadores de modalidades diferentes, e isso ao mesmo tampo.
Some-se ainda o tudo isso o fato de que a disputa travada entre Paulo todos estes opositores não era apenas para ele sair vitorioso em um debate retórico, nem muito menos em argumentos teológicos. A verdade é que Paulo tinha que derrubar a teses deles, e ainda expor a sua tese que não era outra senão o Evangelho de Jesus Cristo. Ou seja, o fim almejado não era vencer uma batalha argumentativa, mas sim ganhar as vidas dos tais ao cristianismo.
Noite e dia Paulo argumentava. Buscava a retórica para lutar contra os gregos. Busca os mais variados argumentos e fatos para lutar contra os de outras religiões. Busca as profecias do Velho Testamento acerca do Emanuel, para provar que Jesus Cristo era o Messias.
Imagine um pescador que usa ao mesmo tempo vários tipos de vara-de-pescar, uma para cada tipo de peixe. Além disso, como existe espécies de peixe que não são fisgadas por varas, ele também tem que lançar vários tipos de rede-de-pesca. Certamente o trabalho era cansativo ao extremo.  Era esse o trabalho de Paulo, que queria levar aquelas pessoas a Cristo, que pertenciam as mais variadas regiões da Terra, e que tinham seus próprios fundamentos de crença.
O texto de Atos 17 ainda nos fornece uma outra informação acerca dos atenienses e estrangeiros residentes naquela cidade. É que eles não tinham qualquer ocupação senão de dizer e ouvir alguma novidade (v. 21). Uma forma eufemística de dizer que eles eram preguiçosos e fuxiqueiros.       
Ao expor o Evangelho de Jesus Cristo, bem como a doutrina da ressurreição do corpo, aqueles que ouviam lhes chamavam de “paroleiro”. Ainda hoje o termo paroleiro na verdade é uma ofensa, que significa mentiroso, falador de bobagens, etc. Naquela época, o termo “paroleiro”, além de ter estes mesmos significados, também era o termo empregado para aquelas pessoas que memorizavam apenas parte de determinado conhecimento, e falavam em público apenas o que pouco que sabia, na intenção de demonstrar conhecimento. Ou seja, o paroleiro não tinha conhecimento profundo do que falava, pois memorizava alguns termos e palavras, na intenção de demonstrar grande conhecimento. Por exemplo, era como se alguém na tentativa de demonstrar ser um jurista, memorizasse apenas alguns artigos de lei, ou alguns poucos termos jurídicos. Era alguém que queria demonstrar um conhecimento que na verdade não possuía.
Apesar de lhe ofenderem, eles levaram Paulo ao Areópago. É que como diz o texto sagrado, eles não se ocupavam de outra coisa, a não ser de falar e ouvir alguma novidade (v. 21), e como o que Paulo estava pregando era novidade, então levaram-no para o Areópago. O termo Areópago, segundo alguns, significa “Campo de Marte”, era um local que servia de tribunal, onde o conselho se reunia para tratar de vários assuntos, etc.
O que chama atenção é que agora Paulo teve a oportunidade que queria, ou seja, ele tinha a atenção de todos para pregar o Evangelho. E ele não fez outra coisa. Pregou sobre Jesus Cristo.
Ele começa com uma técnica bastante interessante. Ao invés de criticar os atenienses por sua tão grande idolatria, que como diz o texto era tão grande que causou comoção no espírito de Paulo. Ou seja, não era pouca a idolatria que era praticada naquele local, de forma que ele poderia acusá-los desta prática abominável. Também Paulo poderia atacar o homossexualismo, por ser prática bastante comum e até mesmo louvável entre os gregos, mas que segundo a Bíblia também é algo abominável.
Mas ao invés de condenar suas práticas, o que apenas serviria para irarem-se contra ele e desperdiçar aquela oportunidade, Paulo, certamente inspirado pelo Espírito Santo, consegue “pegar um gancho” em algo que existia entre os atenienses. É que havia um altar ao Deus Desconhecido. Então ele se apresenta como alguém que fala de nome desse Desconhecido Deus.
A história sobre esse altar ao Deus Desconhecido fazia parte do cotidiano dos atenienses. Não se tratava de uma lenda nem de um mito, mas sim de um fato real, algo que aconteceu na história (e não “estória”) daquela cidade. Para não nos alongarmos, não detalharemos como este altar foi erigido ao Senhor, mas em decorrência de um grande mal que assolou os atenienses, estes ofereceram sacrifício a todas as divindades que conheciam. Mas nada fazia com que aquele mal chegasse ao fim. Então através de Epimênides eles erigiram um altar ao Senhor, que pôs um fim naquele mal. Em decorrência de determinado acontecimento na vida de Epimênides, este ficou ciente da existência do Senhor nosso Deus, mesmo que não soubesse quase nada acerca dEle, nem ao menos qual era o seu Nome, só sabia que Ele existia, e nada mais.
 Porém como eles não sabiam o nome desse Deus, erigiram então um altar ao “Deus Desconhecido”. Na verdade era sim o Senhor Deus do Universo, pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que eles chamara de Deus Desconhecido (recomendo o livro “O Fator Melquisedeque”). Com o passar dos anos eles se esqueceram do que o Senhor fez por eles, e o Deus Desconhecido também se tronou o Deus Ignorado. Apenas o altar ficou erigido, resistindo ao tempo pois era feito com pedras.
Mas o que nos interessa é que através da pregação de Paulo o Deus Desconhecido se tornou conhecido por eles, e por todo o mundo, que ficou sabendo sobre Jesus Cristo.
Paulo enfim venceu a batalha, contra os gregos, contras outros de outras religiões, e contra os judeus, de sorte que muitos entregavam suas vidas a Jesus Cristo. Em Cristo não havia mais judeu nem grego, escravo ou livre, douto ou indouto, todos são um. Quando o Deus Desconhecido se torna Conhecido, o novo nascimento acontece, todos os pensamentos são transformados, os sonhos mudam, e nova vida é o que se vive.
A grande questão da Igreja de Cristo é tornar o Deus desconhecido, conhecido para todos. A missão da igreja é levar o conhecimento do Senhor a toda criatura. Ainda existe sim uma grande quantidade de religiões, falsos silogismos, mentiras, e etc., que a igreja tem que combater, para que se possa chegar no coração do pecador.
No entanto, o fato é que Deus ainda é desconhecido inclusive para muitos da sua própria Igreja. Seria cômico se não fosse trágico, pois como pode um lugar o qual é denominado como A Casa de Deus não conhecer o próprio Deus. Como pode o povo que se diz O Povo de Deus não conhecer o seu próprio Senhor.
O Deus Conhecido, vem se tornando desconhecido novamente.
Desde o Velho Testamento o Senhor já dizia que o Seu povo não lhe conhecia (Is. 1:3).
Todavia, infelizmente isso é a mais pura verdade. Tragicamente Deus tem se tornado um desconhecido para seu próprio povo. Ora, se a função da Igreja é fazer que o Mundo conheça o Senhor, e se essa Igreja não O conhece, então como vai tornar o Senhor conhecido, e mais, para que serve então a igreja? Ou seja, se a igreja tem a missão de fazer com que o pecador conheça o Senhor, porém ela também não O conhece, então a igreja não pode cumprir sua missão. Sendo assim, mais uma vez questionamos, para que então serve a igreja?
Hoje quando observamos certas pregações que são ministradas por indivíduos que se proclamam como pastores (ou bispos, apóstolos, patriarcas, etc.), constatamos então que de fato muitos que falam em Nome de Deus, sequer conhecem o Senhor. Pregam heresias que ferem os princípios da fé cristã, dizendo-se cristãos. Não conhecem a Deus, mas sequer sabem disso. São pregadores do Evangelho, mas não conhecem as boas novas que pregam.
O resultado deste fato é que: a) as pessoas continuam sem conhecer Deus, ou seja, Deus continua desconhecido; b) heresias que outrora eram combatidas pela igreja, são pregadas em várias igrejas; c) o povo continua ludibriado, presos na falsa verdade do conhecimento errado; d) os pobres indivíduos que são catequizados por tais ensinos errôneos, tornam-se duas vezes filho do inferno, pois se outrora não conheciam o Senhor, hoje O conhecem, mas de forma errada.
São tantas igrejas pregando heresias, e são tantas heresias pregadas nas igrejas que está cada vez mais raro encontrar-se uma genuína e pura pregação bíblica. As Santas Escrituras não é mais pregada como se deveria. Deturpada, vilipendiada, misturada com vários outros elementos que outrora foram combatidos mas que hoje são divulgados. Amuletos de sorte, como rosa ungida, vale do sal grosso, fogueira santa, vassoura consagrada, água do rio Jordão, meia, fronha, Kit de beleza da Rainha Ester, enfim, todos estes elementos que eram usados apenas pela macumba, bruxaria, vodu e feitiçaria, agora são vendidas nas igrejas Evangélicas. E o detalhe é que tudo isso é comprado.
É Deus se tornando desconhecido.
Talvez estejamos precisando de uma Reforma Protestante, dentro da Reforma Protestante.
Certamente todos, ou quase todos, têm uma parcela de culpa neste mercado da fé, que vem adulterando o Santo Evangelho e lotando o inferno com as almas daqueles que são enganados. Digo que quase todos têm sua parcela de culpa, pois enquanto os embusteiros pregam o erro, dificilmente alguém se levanta para mandarem eles calarem a boca, e dizer às pobres vítimas destes que o que eles estão ensinando é mentira.
Em nome de uma suposta “ética” os pregadores viram isso acontecer totalmente calados, deixando o engano fazer eco nas TV´s, rádios e igrejas. Se os falsos profetas serão castigados por falsificarem o ensino da Palavra de Deus, possivelmente os verdadeiros profetas que se omitiram diante desta afronta ao verdadeiro ensino bíblico, também terão sua parcela de culpa. Obviamente Paulo jamais se calaria diante dessa afronta ao Evangelho. Ele mesmo falou que foi posto para defesa do Evangelho (Fp. 1:16). Também se esquecem que o Senhor Jesus elogiou a igreja em Éfeso, pois estes puseram à prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não o são (Ap. 2:2).
Infelizmente hoje já se tem uma multidão de crentes catequizados com tais doutrinas. Uma geração inteira que foi ensinada que Deus iria realizar todos os seus sonhos, e etc. Não se prega mais a cruz, renúncia, perdão, santidade, sofrimento em prol do Evangelho.
O que se prega é que se Deus é o dono da prata e do ouro, e se eu sou o filho de Deus, logo eu também sou dono da prata e do ouro. Ledo engando e um falso silogismo. Sendo assim, na hipótese de tal premissa ser verdadeira, então obviamente eu também sou onipresente, pois sou filho de Deus, e Deus é onipresente. Tal afirmação é tresloucada.
Cantam que Deus vai nos exaltar, e vai fazer nosso inimigo nos aplaudir.
Assim, embalados pelo ritmo da melodia herética, segue em procissão uma multidão de crentes, ensinados por quem não conhece absolutamente nada sobre o Senhor. Tal qual disse o Senhor Jesus, são cegos guiando outros cegos. Não sabem para onde vão. Os guias, que são cegos, falam como se pudessem ver, e os que são guiados, também cegos não sabem para onde vão, pois acreditam que podem trilhar o caminho apontado por seus guias, pois não sabem que eles também são cegos. Um cego não pode saber que outra pessoa também é cega, a não ser que algo ou alguém lhe diga.
A verdade é que após tantos anos de heresias e milhões de pregações baseadas em ensinos falsos, alguns já não conhecem Deus. São pessoas que apesar de estarem na igreja, não sabem absolutamente mais nada acerca do Senhor. Ouviram coisas mentirosas ditas em nome do Senhor, se viciaram a não ler a Bíblia, mas apenas a viver de “profecias”.
Estamos tornando Deus Desconhecido, pois eu mesmo não conheço esse Deus que está sendo pregado em algumas igrejas.
Algumas destas poderiam escrever em suas portas 'igreja do Deus Desconhecido'. Quem sabe assim algum Paulo de hoje em dia não iria lhes apresentar Jesus Cristo.
  
    

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CARTA DE UM JOVEM CRENTE QUE MORREU DESVIADO

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Agnelo Baltazar Tenório Férrer



CARTA DE UM JOVEM CRENTE QUE MORREU DESVIADO

O texto abaixo trata-se de uma carta enviada por um jovem que um dia andou fielmente nos caminhos do Senhor, mas que morreu desviado. Por tanto é uma carta enviada do único lugar onde os que morrem distantes do Senhor vão passar a eternidade, ou seja, é uma carta enviada do inferno. O texto, obviamente, é fictício, ou seja, não se trata de algo real, porém de mera criação literária extraída da pobre e limitada mente do seu autor.

O intuito é alertar, pois acredito piamente que existe uma grande quantidade não apenas de jovens crentes no inferno, mas também de crentes de todas as idades. Logo apesar de ser um texto fictício e não uma carta real, certamente se fosse dado oportunidade a algum destes que um dia seguiram ao Senhor Jesus Cristo, mas que estão no tormento eterno, de escrevem algo, eles escreveriam algo semelhante com o que está escrito abaixo.

Na parábola do Rico e Lázaro, o Rico pediu a Abraão que este enviasse alguém aos seus irmãos para que fossem alertados daquele lugar de tormento infinito. O sofrimento no inferno não terá fim, será totalmente ilimitado. Não apenas temporalmente, mas também será ilimitado na intensidade da dor. Jesus disse que o fogo do inferno é inextinguível, e que será lugar de choro e ranger de dentes.

Segue o relato de um jovem crente que morreu desviado:


Nunca pensei que fosse possível sentir tanta dor. Falaram-me desse lugar, e eu mesmo durante parte de minha vida falei deste lugar para outras pessoas, alertei a muitos, disse-os que quem morresse sem Cristo sofreria a dor do tormento eterno. Porém descuidei de mim mesmo. Aprendi muito sobre o tormento que seria para aqueles que viessem para cá, mas não sabia que o tormento aqui pudesse ser tão grande. Se eu soubesse eu teria vivido minha vida de outra forma.
A verdade é que estou tentando encontrar uma palavra para poder expressar quanta dor eu estou sentindo desde o dia que cheguei aqui, no entanto não consigo encontrar nenhuma que sequer possa expressar a mínima fração da dor e do sofrimento que sente quem vem para cá. A vida mais miserável que alguém possa ter; a doença mais dolorosa e cruel que possa existir; o pior sofrimento que uma pessoa possa padecer, nada disso é para se comparar com a dor que existe no inferno.
Se eu pudesse viver novamente e voltar para Terra, não me incomodaria em ser um miserável, cego, e ter meu corpo todo atacado por todas as doenças que existem. Se eu pudesse voltar, ficaria feliz em ser um canceroso, em estado terminal, morando dentro do mais fétido e podre esgoto. Às vezes me lembro do sofrimento de Jó, de como eu tinha receio de que algo parecido acontecesse comigo, mas sabe, eu seria a mais grata das criaturas se pudesse sair daqui para viver a dor e o sofrimento de Jó. Se eu pudesse voltar, para mim seria prazeroso ser espancado todos os dias, o dia inteiro, mesmo que diariamente me batessem até eu desmaiar. Se eu pudesse voltar, mesmo que fosse para ter meu corpo atravessado por milhares de espetos em brasa, isso não passaria de uma massagem relaxante. Se eu pudesse voltar ficaria satisfeito em morar na mais podre lama, na companhia de porcos, dormindo abraçado com eles.
 De onde estou agora, neste lugar onde vou passar a eternidade, tenho inveja dos vermes que rastejam na podridão ou que se alimentam de cadáveres. Quem me dera ser um deles. Qualquer coisa seria melhor do que estar aqui. Não posso dizer, o quanto é bom ser vivo, por pior que seja as circunstâncias em que se viva. Não existe nenhum sofrimento na Terra que possa ser comparado com uma pequena parcela de sofrimento do inferno.  
No entanto, para que você possa ter uma pequeníssima noção do que é estar no inferno, então imagine que você fosse jogado em uma grande fornalha cujas chamas fossem infinitas, ou que fosse soterrado por enormes brasas de fogo, ou mesmo que estivesse submerso em um oceano de larva que acaba de sair do vulcão.
Além de tudo isso imagine ainda que você não pudesse morrer, e que todos os seus sentidos continuassem funcionando. Você sentiria a dor de todas as partes do seu corpo queimando ao mesmo tempo. Não existe nenhum lugar do seu corpo que não esteja padecendo as mais terríveis dores. Não apenas sua pele estaria doendo, em virtude das chamas, porém seus órgãos internos, todos eles, também estariam sendo dilacerados pela dor.  
Parece que todos os ossos do meu corpo estão sendo quebrados constantemente. É como se alguém quebrasse-os, e depois quebrasse-os novamente, e assim por diante, sem parar, a todo momento.
Primeiro você pensa que vai desmaiar, mas não desmaia. Depois você pensa que vai morrer, mas se lembra que você já está morto. É dor em proporções inimagináveis. Todavia, no inferno é ainda muito pior do que se possa imaginar. Tudo aqui é incomparavelmente terrível.
O fogo que existe aí na Terra não se compara com este fogo que arde no inferno. Talvez seja porque o fogo da Terra é apenas fruto de uma reação química, mas este fogo daqui é o fruto da ira divina. Então mesmo que alguém jogasse você em uma fornalha aí na Terra, a dor que você iria sentir enquanto não morresse seria infinitamente menor do que está que eu e todos os que estão aqui sentimos. Comparado com este fogo daqui, o fogo da Terra mais parece uma piscina de água refrescante. Quem me dera poder sair desta fornalha, e entrar em uma fornalha feita com o fogo da Terra. Seria para mim um alívio sem fim.
Agora sei porque o Senhor Jesus fez questão de registrar que o Rico da parábola pediu que Lázaro apenas molhasse a ponta do seu dedo e lhe refrescasse a língua. Como eu desejaria ao menos poder ver um pingo de água novamente. Ficaria satisfeito em apenas vê-lo, mas sei que jamais poderei sequer ver uma gota de orvalho novamente, que dirá ter minha língua refrescada por um pingo de água. Eu faria absolutamente qualquer coisa para poder sentir um pequeno pingo de água em minha língua, ou em qualquer outra parte do meu corpo. A sede não é apenas física, mas espiritual também, pois a Água Viva da refresca o espírito não está aqui.
Lembrar-me que um dia bebi da Água Viva que Jesus me deu, e agora sentir tudo isso, só faz com que meu sofrimento aumente ainda mais.
Quando se está aqui sua cabeça parece que está cheia jumbo derretido, fazendo pressão para explodir. Você gostaria muito que sua cabeça explodisse, quem sabe assim o dor pudesse diminuir, mesmo que apenas um pouco ou mesmo que apenas momentaneamente.
Além da dor física, existe também as dores causadas pelos sentimentos ruins. Medo, angustia, depressão, pânico, ansiedade, vazio, desespero, enfim, todos aqueles sentimentos que afetam os seres humanos, também existem aqui. E assim como acontece com as dores físicas que aqui são infinitamente maiores, esses sentimentos pesarosos, aqui no inferno também são em proporções inimagináveis. É como se a depressão de todos os seres humanos que um dia já padeceram desta mal, fossem colocados dentro de mim. Para falar a verdade nem sei se isso é mais depressão, ou se é outra coisa muito pior.
Estes sentimentos se tornam ainda piores quando eu lembro que sabia da existência deste lugar, e sabia que a Palavra de Deus sempre foi bem clara sobre o sofrimento daqui. O Senhor Jesus sempre nos alertou que deveríamos buscar em primeiro lugar o seu Reino de Deus e a sua Justiça, mas eu brinquei de ser crente.
Também sinto falta da minha família, dos meus amigos, e principalmente, da minha igreja. Não alertei a minha família, nem meus amigos sobre este lugar. Mal eu falei do amor de Deus para eles, e nas poucas oportunidades que falei, disse de forma leviana. Será que muitos deles virão para o inferno por minha causa? Será que por minha negligência outros sentirão estes tormentos?
Apesar de todo o fogo, aqui não há luz alguma. As chamas do fogo do inferno não iluminam, apenas queimam. Somente escuridão. São trevas tão densas que não sei lhe explicar. Sei que existem outras pessoas aqui comigo, pois eu ouço seus gritos, mas não posso vê-las. O barulho dos seus gritos são tão estridentes, que se este som maldito pudesse ser ouvido por alguém que estivesse vivo, este miserável que ouvisse tal som morreria na mesma hora, não apenas pelo pânico que tomaria conta de sua pobre alma, mas pela força da potência deste infeliz som, que lhe estraçalharia como uma bomba atômica. O grito de uma alma lançada no inferno, é o som mais terrível que se pode ouvir. Imagine então bilhões e bilhões de almas gritando ao mesmo tempo. Não dá para distinguir tais sons, pois a impressão que se tem é que são bilhões de pessoas chorando, pranteando e gritando com todas as forças dos seus pulmões.
A dor e o sofrimento não me deixam parar de gritar, então percebi que assim como tais almas que estão tomadas pelo desespero, eu também estou gritando de forma monstruosa. O meu próprio grito, dá medo aos meus próprios ouvidos.
Meus olhos ardem pois são queimados diretamente pelas chamas que não lhe dão um segundo de trégua, é algo como uma brasa de fogo incandescente pressionada nos meus globos oculares. Eles ardem também pelo infinito cansaço, porque não posso mais dormir um segundo sequer, nem mesmo descansar de nenhuma forma.
De todas as formas possíveis estou cansado. Não posso deitar-me ou mesmo sentar nem por um instante, só fico em pé, com a sensação de que o mundo todo está sobre mim. É como se por sobre os meus ombros fosse posto o peso de um prédio de 100 andares, mas apesar desse peso não sou esmagado, apenas tenho que suportar um peso terrível.
De tantas coisas terríveis que se pode imaginar, há ainda seres como pequenos animais asquerosos. São estes os vermes que o próprio Jesus nos alertou que não morrem. São seres horríveis, alguns são semelhantes a ratos, e não param de molestar aos que estão aqui. Na verdade não sei exatamente a aparência deles, acho que são semelhantes aos ratos, não posso ter certeza de como são realmente em virtude da escuridão total que existe aqui. Eles cobrem meu corpo, mordem e arranham o tempo todo. Não descansam nem um segundo sequer, vivem apenas para machucar e ferir. São tremendamente vorazes e suas mordidas doem de forma incalculável. Existe também outros seres, como vermes. Estes atravessam nosso corpo, se movimentando dentro dele sem parar. A dor também é inimaginável. Sei que todos esses seres não são animais, mas demônios que têm essa forma para atormentar os que estão aqui. 
O pior mesmo é a dor espiritual. A ausência de Deus é algo muito pior do que se imagina. Quando se está na Terra, o pior lugar do mundo ainda é muito melhor do que este aqui. Não há nada pior do que um lugar onde Deus não se faz presente, e que os demônios podem fazer o que bem entendem. É verdade que alguns lugares do Mundo são usados para coisas ruins, e de fato o Mundo jaz no maligno. Todavia acredito que pela presença do Espírito Santo de Deus, que atende as orações dos santos, e também pela presença da igreja de Cristo, a atividade demoníaca é paralisada. Eles não podem fazer o que querem na Terra, pois só podem agir com a permissão de Deus. Mas aqui é diferente, eles fazem o que querem, na hora que querem. E o que os demônios querem é apenas no atormentar, o tempo todo.
Parece que eles são obrigados a nos causar dor e sofrimento continuamente. Eles não se satisfazem nunca em nos maltratar. Somos jogados de um lado para o outro, e arremessados com tanta força que mais parece que vários caminhões enfileirados estão nos atropelando, um após o outro. Não há trégua.
Certa vez, mesmo apanhando em meio à escuridão, tive coragem e falei em voz alta “parem de fazer isso! Por que vocês são tão perversos?”.
 Não sei porque, todavia, mesmo não parando de me bater, um deles respondeu, e o que ele me disse aumentou ainda mais minha dor, meu desespero e arrependimento. O que me disse foi o seguinte: “Perversos nós?! Vocês não são diferentes de nós. Nós pecamos uma vez contra o Senhor Deus do Universo. Apenas uma única vez, e Ele nos baniu para longe da sua Santa Presença. Mas vocês pecam sem parar. Quando o homem caiu, o próprio Senhor foi quem pagou o preço pela queda de vocês. Nunca tivemos esse privilégio. Ele foi moído, humilhado, maltratado, torturado, e morto por causa dos pecados de vocês. E mesmo sabendo disso, vocês O servem da forma mais relaxada possível. Vocês dizem que são o Povo de Deus, mas O desobedecem O desobedecem o tempo todo. Vocês chamam a igreja de ‘A Casa de Deus’, mas só entram lá quando bem entendem ou quando precisam da intervenção Divina. Vocês chamam a Bíblia de ‘A Palavra de Deus’, mas só leem ela quando querem. Vocês falam que Deus É Amor, mas se odeiam e vivem brigando. Vocês pregam bondade, enquanto muitos dos crentes da igreja de vocês estão passando todo tipo de privação. Vocês só vão para o culto quando bem entendem, e quando chegam lá vocês não têm qualquer reverência. Durante o culto muitos chegam a trocar olhares cheio de lascívia, e marcam encontros sexuais para depois do culto. Vocês são mentirosos, e acham que a mentira não surte efeito. Se soubessem o que acontece quando vocês mentem, como o diabo fica alegra, e como cada mentira contada é uma porta aberta para que nós destruamos suas vidas. Quantas vezes o Espírito Santo fala aos seus corações, dizendo qual a vontade de Deus para vocês, mas vocês preferem fazer a própria vontade, ou ainda fazer a nossa vontade. Vocês pecam durante o dia, e sem qualquer arrependimento ou pedido de perdão verdadeiro, vocês entram na igreja e nem mais se lembram do pecado que cometeram. Deus Ama vocês e demonstrou isso sacrificando a vida do Seu Santo Filho na cruz, mas vocês sequer agradecem-no por isso. Pelo contrário, vocês são insatisfeitos, pedem muito mais do que agradecem. Lembro do tempo em que a maioria dos crentes eram verdadeiros servos do Senhor, que renunciavam a tudo apenas para fazer a vontade de Deus. Quando aqueles crentes oravam, o inferno tremia, e todos nossos planos eram desfeitos. Bastava apena uma única oração de um crente, então Deus agia de forma sobrenatural, e nós saíamos derrotados. Aqueles crentes faziam a diferença onde chegavam, e apenas suas presenças já nos incomodavam. Não adiantava persegui-los, nem fazer qualquer mal contra eles, pois sempre continuavam de pé na presença de Deus. Para eles sofrer por Cristo era algo que causava júbilo, e morrer pelo Evangelho era a maior glória que se poderia ter. Hoje existem alguns que ainda são assim, mas os tais são cada vez mais raros. Eles não murmuravam nem mesmo quando torturavam ou matavam seus filhos, mas vocês murmuram quando não podem comprar uma roupa nova. Se Deus não lhes dá algo que desejam, vocês chegam a questionar o Amor de Deus. É verdade que contra a igreja de Jesus Cristo, o inferno jamais prevalecerá, mas muitas dessas igrejas que estão aí não são de Cristo, e contra essas o inferno prevalece sempre. Vocês pregam sobre o inferno, mas fazem de tudo para vir morar aqui. O Senhor fez tudo para vocês morarem no Céu, mas vocês, com suas atitudes, preferem o inferno. Nós somos perversos e traímos o Senhor quando nos rebelamos, mas e vocês também não traem o Senhor quando não fazem o que Ele quer, mesmo sabendo a vontade de Deus, e também não são perversos com seu próximo?! Sim, somos perversos, mas vocês também são. Não é por outro motivo que nós os demônios, e vocês, os desobedientes, teremos o mesmo destino eterno. Agimos de forma semelhante, é por isso que passaremos a eternidade no mesmo lugar.”
Aquelas palavras doeram em mim, e só fizeram aumentar meu sofrimento. Quantas vezes eu deixei de fazer a vontade de Deus, mesmo sabendo o que Deus queria que eu fizesse. Quantas vezes eu deixei de ir para a igreja, apenas para não fazer nada, ou para fazer coisas bobas. Quantas vezes o Espírito Santo disse ao meu coração que eu deveria orar, e eu não orava. Quantas vezes eu olhei para a Bíblia, sabendo que deveria meditar em suas palavras, mas nem sequer toquei nela. Quantas vezes eu soube que uma pessoa estava necessitando de algo, e eu, que poderia ter estendido a mão, nada fiz. Permiti que meu coração não amasse a algumas pessoas, quando sabia que deveria amar a todos. Fiz o bem apenas a quem me fez o bem, quando deveria ter feito o bem para todos, inclusive para os que me fizeram mal. Me vinguei, e tratei na mesma moeda as pessoas que me ofendiam. Escolhi a quem deveria perdoar, quando sabia que o perdão era para todos. Tratei Deus como se Ele fosse qualquer um, quando Ele deveria ter sido o número um em minha vida. Deveria ter em mente que uma pessoa ama e prioriza Deus, à medida que ama e prioriza as coisas de Deus.
Se eu pudesse apenas mais uma vez ir à minha velha igrejinha onde nasci na fé. Como eu queria sentar novamente naqueles simples bancos de madeira, desgastados pela idade. Como gostaria de voltar a trabalhar no Obra de Deus. Ocupei alguns cargos na igreja, mas fazia tudo de forma relaxada. Por qualquer motivo entregava meu cargo, e mesmo quando sabia que a igreja precisa de alguém para alguma área, eu fazia que não sabia. Pensei mais em mim do que na Obra de Deus.
Se eu pudesse ter minha pequena Bíblia em minhas mãos novamente, como ficaria feliz com isso. Como sinto saudade de lê-la novamente. Como queria ouvir mais uma pregação, mesmo que fosse a pregação mais fria e sem unção do mundo. Como queria louvar a Deus, e cantar um daqueles hinos antigos que tocam a alma de quem os cantam.
Queria ver meus amigos da igreja, dar um abraço neles, pedir perdão a cada um, e dizer o quanto eles eram importantes para mim. Ao invés disso fui amigo de quem não era amido de Deus. Andei com eles até me tornar um deles.
Como eu envergonhei ao Senhor. Como pequei, mesmo quando sabia que aquilo não era o correto a se fazer. Se eu pudesse voltar para servir a Deus fielmente, buscaria ser o mais fiel dos crentes. Se eu pudesse voltar para orar pelas madrugadas, apenas agradecendo e dizendo a Jesus Cristo o quanto eu O amava. Como queria sentir a alegria do Espírito Santo novamente. Eu era a mais rica e bem-aventurada das criaturas por ser servo de Deus, e não sabia disso. Usei os bens materiais para medir o amor de Deus por mim, quando deveria ter olhado para a cruz de Cristo. Como fui ingrato com Deus. Pensava que Deus me privava dos prazeres do mundo apenas porque Ele não queria que eu fosse feliz, mas agora vejo que Deus queria mesmo era me livrar deste lugar. Como fui um tolo.
 Hoje vejo que nem por todos os prazeres do mundo juntos valeria à pena passar um único segundo neste lugar.
Mesmo sabendo o que deveria fazer, fiz tudo errado. Não busquei o Reino de Deus em primeiro lugar, aliás nem sequer sei se o busquei de fato, ou apenas fingia que o buscava. Eu daria e faria qualquer coisa para ter uma nova chance, mas não terei mais chance alguma. Passarei toda a eternidade aqui. Jesus morreu por mim para que me tornasse um morador no Céu, mas minhas escolhas me tiraram do caminho estreito, e me trouxeram para cá. Quando estava vivo brinquei com Deus, e subestimei o pecado. Pagarei eternamente um altíssimo preço por isso, e pelos séculos dos séculos serei apenas um morador dos porões obscuros e desgraçados do inferno. Não há mais nada a se fazer, apenas chorar e ranger os dentes.

Assinado: alguém que brincou de ser crente.






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O QUE SERIA?




O QUE SERIA?

Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

O que seria das mães,
Sem seus filhos para amar?
O que seria dos filhos,
Sem as mães para deles cuidar?

O que seria dos peixes,
Sem o oceano para nadar?
O que seria das aves,
Sem o céu para voar?

O que seria dos avós,
Sem os netos para alegrar?
O que seria dos netos,
Sem os avós para paparicar?

O que seria dos viajantes,
Sem o mapa para guiar?
O que seria dos náufragos,
Sem o farol para brilhar?

O que seria dos abatidos,
Sem a esperança para reanimar?
O que seria dos solitários,
Sem o companheiro para com ele estar?

O que seria dos famintos,
Sem os bondosos para deles lembrar?
O que seria do agressor,
Sem o perdão para a agressão perdoar?

O que seria dos angustiados,
Sem a oração para confortar?
O que seria dos homens,
Sem a Bíblia para os iluminar?

O que seria da escuridão,
Se não houvesse a luz?
O que seria de mim,

Sem Ti, meu Senhor Jesus?

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

JESUS PURIFICA O TEMPLO



Agnelo Baltazar Tenório Férrer

JESUS PURIFICA O TEMPLO
(Mt. 21:12-17; Mar. 11:15-18; Luc. 19:45-48; Jo. 2:13-25)

A Palavra de Deus nos relata uma passagem onde Jesus indigna-se com algumas pessoas. Essa indignação do Rei não foi com as pessoas em si, mas com o que estas pessoas estavam fazendo no Templo, ou seja, na Casa de seu Pai. Eles estavam vendendo animais e fazendo câmbio ― pois já havia moedas diferentes circulando naquele tempo.
De fato, a Lei de Moisés trazia sacrifícios com animais. Ou seja, a depender do pecado cometido, ou quem tenha cometido o pecado, previa a Lei mosaica o sacrifício de determinado animal. Por isso havia pessoas vendendo tais animais. Assim, ao invés de trazerem os animais durante a jornada até o Templo, o que poderia durar muitos dias, as pessoas preferiam comprar os animais para o sacrifício lá.
Então, começou a existir um comércio muito lucrativo, pois quase todo judeu vinha ao menos uma vez por ano para realizar algum tipo de sacrifício no Templo.
Vender animais para sacrifício não era pecado. Ou seja, não existia nada dizendo que fosse obrigatório que o sacrificante trouxesse a vítima para o sacrifício de sua casa ou de sua terra natal. O erro não consistia no que estava se fazendo, mas onde estava se fazendo. Os animais para sacrifício poderiam ser vendidos, mas não dentro do Templo. Jesus não se indignou com o comércio dos animais, mas com o comércio dos animais dentro da Casa de Deus.
Tamanha foi a indignação do Mestre que Ele fez um “azorrague” com as cordas ― lembre-se que foi com um azorrague que os romanos espancaram Jesus ―, e começou a “purificar” o Templo. Perceba uma coisa, Jesus não purificou o Templo lavando-o com água e sabão, nem mediante um procedimento espiritual para retirar dali algum espírito maligno. Não. Jesus purifica a Casa de seu pai com um chicote na mão, colocando para correr quem estava lá dentro para vender ou para comprar.
Jesus ainda chama quem estava fazendo comércio dentro do Templo de “salteadores”. É interessante notar que Jesus expulsou não apenas quem estava vendendo, mas também quem estava comprando. Ou seja, salteadores não são apenas quem vende (quem lucra), mas também quem compra.
Uma coisa ainda devemos notar: em toda sua vida terrena, o Messias nunca demonstrou tanta indignação como na purificação do Templo. Nem quando foi acusado injustamente; nem quando foi cuspido; nem quando foi espancado; nem mesmo quando foi crucificado, Jesus tomou uma atitude como a que tomou no dia em que resolveu “purificar” o Templo. Além disso, a purificação do Templo é um dos poucos assuntos abordados pelos quatro evangelistas!
Ora, se a simples venda de animais revoltou o Mestre, posto que estava sendo feita dentro do Templo, o que dirá quando hoje em dia, dentro dos templos, não está se vendendo simples animais, mas está se vendendo salvação; cura; benção e etc.
Jesus está voltando, e vai purificar, de uma vez por todas, a Casa de seu Pai. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dia da PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO


Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 13.246, DE 12 DE JANEIRO DE 2016.

Institui o dia 31 de outubro como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o  Fica instituído o dia 31 de outubro de cada ano como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.

Art. 2o  No dia 31 de outubro dar-se-á ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo dentre igrejas cristãs.

Art. 3o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de janeiro de 2016; 195o da Independência e 128o da República.

DILMA ROUSSEFF

Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.1.2016

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