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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CARTA DE UM JOVEM CRENTE QUE MORREU DESVIADO

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Agnelo Baltazar Tenório Férrer



CARTA DE UM JOVEM CRENTE QUE MORREU DESVIADO

O texto abaixo trata-se de uma carta enviada por um jovem que um dia andou fielmente nos caminhos do Senhor, mas que morreu desviado. Por tanto é uma carta enviada do único lugar onde os que morrem distantes do Senhor vão passar a eternidade, ou seja, é uma carta enviada do inferno. O texto, obviamente, é fictício, ou seja, não se trata de algo real, porém de mera criação literária extraída da pobre e limitada mente do seu autor.

O intuito é alertar, pois acredito piamente que existe uma grande quantidade não apenas de jovens crentes no inferno, mas também de crentes de todas as idades. Logo apesar de ser um texto fictício e não uma carta real, certamente se fosse dado oportunidade a algum destes que um dia seguiram ao Senhor Jesus Cristo, mas que estão no tormento eterno, de escrevem algo, eles escreveriam algo semelhante com o que está escrito abaixo.

Na parábola do Rico e Lázaro, o Rico pediu a Abraão que este enviasse alguém aos seus irmãos para que fossem alertados daquele lugar de tormento infinito. O sofrimento no inferno não terá fim, será totalmente ilimitado. Não apenas temporalmente, mas também será ilimitado na intensidade da dor. Jesus disse que o fogo do inferno é inextinguível, e que será lugar de choro e ranger de dentes.

Segue o relato de um jovem crente que morreu desviado:


Nunca pensei que fosse possível sentir tanta dor. Falaram-me desse lugar, e eu mesmo durante parte de minha vida falei deste lugar para outras pessoas, alertei a muitos, disse-os que quem morresse sem Cristo sofreria a dor do tormento eterno. Porém descuidei de mim mesmo. Aprendi muito sobre o tormento que seria para aqueles que viessem para cá, mas não sabia que o tormento aqui pudesse ser tão grande. Se eu soubesse eu teria vivido minha vida de outra forma.
A verdade é que estou tentando encontrar uma palavra para poder expressar quanta dor eu estou sentindo desde o dia que cheguei aqui, no entanto não consigo encontrar nenhuma que sequer possa expressar a mínima fração da dor e do sofrimento que sente quem vem para cá. A vida mais miserável que alguém possa ter; a doença mais dolorosa e cruel que possa existir; o pior sofrimento que uma pessoa possa padecer, nada disso é para se comparar com a dor que existe no inferno.
Se eu pudesse viver novamente e voltar para Terra, não me incomodaria em ser um miserável, cego, e ter meu corpo todo atacado por todas as doenças que existem. Se eu pudesse voltar, ficaria feliz em ser um canceroso, em estado terminal, morando dentro do mais fétido e podre esgoto. Às vezes me lembro do sofrimento de Jó, de como eu tinha receio de que algo parecido acontecesse comigo, mas sabe, eu seria a mais grata das criaturas se pudesse sair daqui para viver a dor e o sofrimento de Jó. Se eu pudesse voltar, para mim seria prazeroso ser espancado todos os dias, o dia inteiro, mesmo que diariamente me batessem até eu desmaiar. Se eu pudesse voltar, mesmo que fosse para ter meu corpo atravessado por milhares de espetos em brasa, isso não passaria de uma massagem relaxante. Se eu pudesse voltar ficaria satisfeito em morar na mais podre lama, na companhia de porcos, dormindo abraçado com eles.
 De onde estou agora, neste lugar onde vou passar a eternidade, tenho inveja dos vermes que rastejam na podridão ou que se alimentam de cadáveres. Quem me dera ser um deles. Qualquer coisa seria melhor do que estar aqui. Não posso dizer, o quanto é bom ser vivo, por pior que seja as circunstâncias em que se viva. Não existe nenhum sofrimento na Terra que possa ser comparado com uma pequena parcela de sofrimento do inferno.  
No entanto, para que você possa ter uma pequeníssima noção do que é estar no inferno, então imagine que você fosse jogado em uma grande fornalha cujas chamas fossem infinitas, ou que fosse soterrado por enormes brasas de fogo, ou mesmo que estivesse submerso em um oceano de larva que acaba de sair do vulcão.
Além de tudo isso imagine ainda que você não pudesse morrer, e que todos os seus sentidos continuassem funcionando. Você sentiria a dor de todas as partes do seu corpo queimando ao mesmo tempo. Não existe nenhum lugar do seu corpo que não esteja padecendo as mais terríveis dores. Não apenas sua pele estaria doendo, em virtude das chamas, porém seus órgãos internos, todos eles, também estariam sendo dilacerados pela dor.  
Parece que todos os ossos do meu corpo estão sendo quebrados constantemente. É como se alguém quebrasse-os, e depois quebrasse-os novamente, e assim por diante, sem parar, a todo momento.
Primeiro você pensa que vai desmaiar, mas não desmaia. Depois você pensa que vai morrer, mas se lembra que você já está morto. É dor em proporções inimagináveis. Todavia, no inferno é ainda muito pior do que se possa imaginar. Tudo aqui é incomparavelmente terrível.
O fogo que existe aí na Terra não se compara com este fogo que arde no inferno. Talvez seja porque o fogo da Terra é apenas fruto de uma reação química, mas este fogo daqui é o fruto da ira divina. Então mesmo que alguém jogasse você em uma fornalha aí na Terra, a dor que você iria sentir enquanto não morresse seria infinitamente menor do que está que eu e todos os que estão aqui sentimos. Comparado com este fogo daqui, o fogo da Terra mais parece uma piscina de água refrescante. Quem me dera poder sair desta fornalha, e entrar em uma fornalha feita com o fogo da Terra. Seria para mim um alívio sem fim.
Agora sei porque o Senhor Jesus fez questão de registrar que o Rico da parábola pediu que Lázaro apenas molhasse a ponta do seu dedo e lhe refrescasse a língua. Como eu desejaria ao menos poder ver um pingo de água novamente. Ficaria satisfeito em apenas vê-lo, mas sei que jamais poderei sequer ver uma gota de orvalho novamente, que dirá ter minha língua refrescada por um pingo de água. Eu faria absolutamente qualquer coisa para poder sentir um pequeno pingo de água em minha língua, ou em qualquer outra parte do meu corpo. A sede não é apenas física, mas espiritual também, pois a Água Viva da refresca o espírito não está aqui.
Lembrar-me que um dia bebi da Água Viva que Jesus me deu, e agora sentir tudo isso, só faz com que meu sofrimento aumente ainda mais.
Quando se está aqui sua cabeça parece que está cheia jumbo derretido, fazendo pressão para explodir. Você gostaria muito que sua cabeça explodisse, quem sabe assim o dor pudesse diminuir, mesmo que apenas um pouco ou mesmo que apenas momentaneamente.
Além da dor física, existe também as dores causadas pelos sentimentos ruins. Medo, angustia, depressão, pânico, ansiedade, vazio, desespero, enfim, todos aqueles sentimentos que afetam os seres humanos, também existem aqui. E assim como acontece com as dores físicas que aqui são infinitamente maiores, esses sentimentos pesarosos, aqui no inferno também são em proporções inimagináveis. É como se a depressão de todos os seres humanos que um dia já padeceram desta mal, fossem colocados dentro de mim. Para falar a verdade nem sei se isso é mais depressão, ou se é outra coisa muito pior.
Estes sentimentos se tornam ainda piores quando eu lembro que sabia da existência deste lugar, e sabia que a Palavra de Deus sempre foi bem clara sobre o sofrimento daqui. O Senhor Jesus sempre nos alertou que deveríamos buscar em primeiro lugar o seu Reino de Deus e a sua Justiça, mas eu brinquei de ser crente.
Também sinto falta da minha família, dos meus amigos, e principalmente, da minha igreja. Não alertei a minha família, nem meus amigos sobre este lugar. Mal eu falei do amor de Deus para eles, e nas poucas oportunidades que falei, disse de forma leviana. Será que muitos deles virão para o inferno por minha causa? Será que por minha negligência outros sentirão estes tormentos?
Apesar de todo o fogo, aqui não há luz alguma. As chamas do fogo do inferno não iluminam, apenas queimam. Somente escuridão. São trevas tão densas que não sei lhe explicar. Sei que existem outras pessoas aqui comigo, pois eu ouço seus gritos, mas não posso vê-las. O barulho dos seus gritos são tão estridentes, que se este som maldito pudesse ser ouvido por alguém que estivesse vivo, este miserável que ouvisse tal som morreria na mesma hora, não apenas pelo pânico que tomaria conta de sua pobre alma, mas pela força da potência deste infeliz som, que lhe estraçalharia como uma bomba atômica. O grito de uma alma lançada no inferno, é o som mais terrível que se pode ouvir. Imagine então bilhões e bilhões de almas gritando ao mesmo tempo. Não dá para distinguir tais sons, pois a impressão que se tem é que são bilhões de pessoas chorando, pranteando e gritando com todas as forças dos seus pulmões.
A dor e o sofrimento não me deixam parar de gritar, então percebi que assim como tais almas que estão tomadas pelo desespero, eu também estou gritando de forma monstruosa. O meu próprio grito, dá medo aos meus próprios ouvidos.
Meus olhos ardem pois são queimados diretamente pelas chamas que não lhe dão um segundo de trégua, é algo como uma brasa de fogo incandescente pressionada nos meus globos oculares. Eles ardem também pelo infinito cansaço, porque não posso mais dormir um segundo sequer, nem mesmo descansar de nenhuma forma.
De todas as formas possíveis estou cansado. Não posso deitar-me ou mesmo sentar nem por um instante, só fico em pé, com a sensação de que o mundo todo está sobre mim. É como se por sobre os meus ombros fosse posto o peso de um prédio de 100 andares, mas apesar desse peso não sou esmagado, apenas tenho que suportar um peso terrível.
De tantas coisas terríveis que se pode imaginar, há ainda seres como pequenos animais asquerosos. São estes os vermes que o próprio Jesus nos alertou que não morrem. São seres horríveis, alguns são semelhantes a ratos, e não param de molestar aos que estão aqui. Na verdade não sei exatamente a aparência deles, acho que são semelhantes aos ratos, não posso ter certeza de como são realmente em virtude da escuridão total que existe aqui. Eles cobrem meu corpo, mordem e arranham o tempo todo. Não descansam nem um segundo sequer, vivem apenas para machucar e ferir. São tremendamente vorazes e suas mordidas doem de forma incalculável. Existe também outros seres, como vermes. Estes atravessam nosso corpo, se movimentando dentro dele sem parar. A dor também é inimaginável. Sei que todos esses seres não são animais, mas demônios que têm essa forma para atormentar os que estão aqui. 
O pior mesmo é a dor espiritual. A ausência de Deus é algo muito pior do que se imagina. Quando se está na Terra, o pior lugar do mundo ainda é muito melhor do que este aqui. Não há nada pior do que um lugar onde Deus não se faz presente, e que os demônios podem fazer o que bem entendem. É verdade que alguns lugares do Mundo são usados para coisas ruins, e de fato o Mundo jaz no maligno. Todavia acredito que pela presença do Espírito Santo de Deus, que atende as orações dos santos, e também pela presença da igreja de Cristo, a atividade demoníaca é paralisada. Eles não podem fazer o que querem na Terra, pois só podem agir com a permissão de Deus. Mas aqui é diferente, eles fazem o que querem, na hora que querem. E o que os demônios querem é apenas no atormentar, o tempo todo.
Parece que eles são obrigados a nos causar dor e sofrimento continuamente. Eles não se satisfazem nunca em nos maltratar. Somos jogados de um lado para o outro, e arremessados com tanta força que mais parece que vários caminhões enfileirados estão nos atropelando, um após o outro. Não há trégua.
Certa vez, mesmo apanhando em meio à escuridão, tive coragem e falei em voz alta “parem de fazer isso! Por que vocês são tão perversos?”.
 Não sei porque, todavia, mesmo não parando de me bater, um deles respondeu, e o que ele me disse aumentou ainda mais minha dor, meu desespero e arrependimento. O que me disse foi o seguinte: “Perversos nós?! Vocês não são diferentes de nós. Nós pecamos uma vez contra o Senhor Deus do Universo. Apenas uma única vez, e Ele nos baniu para longe da sua Santa Presença. Mas vocês pecam sem parar. Quando o homem caiu, o próprio Senhor foi quem pagou o preço pela queda de vocês. Nunca tivemos esse privilégio. Ele foi moído, humilhado, maltratado, torturado, e morto por causa dos pecados de vocês. E mesmo sabendo disso, vocês O servem da forma mais relaxada possível. Vocês dizem que são o Povo de Deus, mas O desobedecem O desobedecem o tempo todo. Vocês chamam a igreja de ‘A Casa de Deus’, mas só entram lá quando bem entendem ou quando precisam da intervenção Divina. Vocês chamam a Bíblia de ‘A Palavra de Deus’, mas só leem ela quando querem. Vocês falam que Deus É Amor, mas se odeiam e vivem brigando. Vocês pregam bondade, enquanto muitos dos crentes da igreja de vocês estão passando todo tipo de privação. Vocês só vão para o culto quando bem entendem, e quando chegam lá vocês não têm qualquer reverência. Durante o culto muitos chegam a trocar olhares cheio de lascívia, e marcam encontros sexuais para depois do culto. Vocês são mentirosos, e acham que a mentira não surte efeito. Se soubessem o que acontece quando vocês mentem, como o diabo fica alegra, e como cada mentira contada é uma porta aberta para que nós destruamos suas vidas. Quantas vezes o Espírito Santo fala aos seus corações, dizendo qual a vontade de Deus para vocês, mas vocês preferem fazer a própria vontade, ou ainda fazer a nossa vontade. Vocês pecam durante o dia, e sem qualquer arrependimento ou pedido de perdão verdadeiro, vocês entram na igreja e nem mais se lembram do pecado que cometeram. Deus Ama vocês e demonstrou isso sacrificando a vida do Seu Santo Filho na cruz, mas vocês sequer agradecem-no por isso. Pelo contrário, vocês são insatisfeitos, pedem muito mais do que agradecem. Lembro do tempo em que a maioria dos crentes eram verdadeiros servos do Senhor, que renunciavam a tudo apenas para fazer a vontade de Deus. Quando aqueles crentes oravam, o inferno tremia, e todos nossos planos eram desfeitos. Bastava apena uma única oração de um crente, então Deus agia de forma sobrenatural, e nós saíamos derrotados. Aqueles crentes faziam a diferença onde chegavam, e apenas suas presenças já nos incomodavam. Não adiantava persegui-los, nem fazer qualquer mal contra eles, pois sempre continuavam de pé na presença de Deus. Para eles sofrer por Cristo era algo que causava júbilo, e morrer pelo Evangelho era a maior glória que se poderia ter. Hoje existem alguns que ainda são assim, mas os tais são cada vez mais raros. Eles não murmuravam nem mesmo quando torturavam ou matavam seus filhos, mas vocês murmuram quando não podem comprar uma roupa nova. Se Deus não lhes dá algo que desejam, vocês chegam a questionar o Amor de Deus. É verdade que contra a igreja de Jesus Cristo, o inferno jamais prevalecerá, mas muitas dessas igrejas que estão aí não são de Cristo, e contra essas o inferno prevalece sempre. Vocês pregam sobre o inferno, mas fazem de tudo para vir morar aqui. O Senhor fez tudo para vocês morarem no Céu, mas vocês, com suas atitudes, preferem o inferno. Nós somos perversos e traímos o Senhor quando nos rebelamos, mas e vocês também não traem o Senhor quando não fazem o que Ele quer, mesmo sabendo a vontade de Deus, e também não são perversos com seu próximo?! Sim, somos perversos, mas vocês também são. Não é por outro motivo que nós os demônios, e vocês, os desobedientes, teremos o mesmo destino eterno. Agimos de forma semelhante, é por isso que passaremos a eternidade no mesmo lugar.”
Aquelas palavras doeram em mim, e só fizeram aumentar meu sofrimento. Quantas vezes eu deixei de fazer a vontade de Deus, mesmo sabendo o que Deus queria que eu fizesse. Quantas vezes eu deixei de ir para a igreja, apenas para não fazer nada, ou para fazer coisas bobas. Quantas vezes o Espírito Santo disse ao meu coração que eu deveria orar, e eu não orava. Quantas vezes eu olhei para a Bíblia, sabendo que deveria meditar em suas palavras, mas nem sequer toquei nela. Quantas vezes eu soube que uma pessoa estava necessitando de algo, e eu, que poderia ter estendido a mão, nada fiz. Permiti que meu coração não amasse a algumas pessoas, quando sabia que deveria amar a todos. Fiz o bem apenas a quem me fez o bem, quando deveria ter feito o bem para todos, inclusive para os que me fizeram mal. Me vinguei, e tratei na mesma moeda as pessoas que me ofendiam. Escolhi a quem deveria perdoar, quando sabia que o perdão era para todos. Tratei Deus como se Ele fosse qualquer um, quando Ele deveria ter sido o número um em minha vida. Deveria ter em mente que uma pessoa ama e prioriza Deus, à medida que ama e prioriza as coisas de Deus.
Se eu pudesse apenas mais uma vez ir à minha velha igrejinha onde nasci na fé. Como eu queria sentar novamente naqueles simples bancos de madeira, desgastados pela idade. Como gostaria de voltar a trabalhar no Obra de Deus. Ocupei alguns cargos na igreja, mas fazia tudo de forma relaxada. Por qualquer motivo entregava meu cargo, e mesmo quando sabia que a igreja precisa de alguém para alguma área, eu fazia que não sabia. Pensei mais em mim do que na Obra de Deus.
Se eu pudesse ter minha pequena Bíblia em minhas mãos novamente, como ficaria feliz com isso. Como sinto saudade de lê-la novamente. Como queria ouvir mais uma pregação, mesmo que fosse a pregação mais fria e sem unção do mundo. Como queria louvar a Deus, e cantar um daqueles hinos antigos que tocam a alma de quem os cantam.
Queria ver meus amigos da igreja, dar um abraço neles, pedir perdão a cada um, e dizer o quanto eles eram importantes para mim. Ao invés disso fui amigo de quem não era amido de Deus. Andei com eles até me tornar um deles.
Como eu envergonhei ao Senhor. Como pequei, mesmo quando sabia que aquilo não era o correto a se fazer. Se eu pudesse voltar para servir a Deus fielmente, buscaria ser o mais fiel dos crentes. Se eu pudesse voltar para orar pelas madrugadas, apenas agradecendo e dizendo a Jesus Cristo o quanto eu O amava. Como queria sentir a alegria do Espírito Santo novamente. Eu era a mais rica e bem-aventurada das criaturas por ser servo de Deus, e não sabia disso. Usei os bens materiais para medir o amor de Deus por mim, quando deveria ter olhado para a cruz de Cristo. Como fui ingrato com Deus. Pensava que Deus me privava dos prazeres do mundo apenas porque Ele não queria que eu fosse feliz, mas agora vejo que Deus queria mesmo era me livrar deste lugar. Como fui um tolo.
 Hoje vejo que nem por todos os prazeres do mundo juntos valeria à pena passar um único segundo neste lugar.
Mesmo sabendo o que deveria fazer, fiz tudo errado. Não busquei o Reino de Deus em primeiro lugar, aliás nem sequer sei se o busquei de fato, ou apenas fingia que o buscava. Eu daria e faria qualquer coisa para ter uma nova chance, mas não terei mais chance alguma. Passarei toda a eternidade aqui. Jesus morreu por mim para que me tornasse um morador no Céu, mas minhas escolhas me tiraram do caminho estreito, e me trouxeram para cá. Quando estava vivo brinquei com Deus, e subestimei o pecado. Pagarei eternamente um altíssimo preço por isso, e pelos séculos dos séculos serei apenas um morador dos porões obscuros e desgraçados do inferno. Não há mais nada a se fazer, apenas chorar e ranger os dentes.

Assinado: alguém que brincou de ser crente.






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