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terça-feira, 1 de abril de 2014

Homem preso por pregar contra homossexualidade ganha processo

Chamar homossexualidade de pecado fere as leis de direitos humanos?
por Jarbas Aragão

Homem preso por pregar contra homossexualidade ganha processoHomem preso por pregar contra homossexualidade ganha processo
A polêmica nas últimas semanas no Reino Unido envolve a nova lei que reconhece os casamentos homossexuais na Inglaterra. Contudo, nesta segunda feira o tema passou a ser notícia de outra maneira, por causa da decisão de um tribunal de condenar a polícia por um caso ocorrido em setembro de 2011. De um lado, grupos cristãos alegam que sua liberdade religiosa está em risco, por outro grupos de defesa LGBT acreditam que a decisão abre um perigoso precedente.
Na ocasião, um pregador de rua cristão saia às ruas da cidade de Manchester para falar sobre a Bíblia e decidiu “alertar” os gays que, segundo a Bíblia, a homossexualidade ainda é pecado.
‘Deus odeia o pecado, mas ama o pecador “e homossexualidade é uma” abominação” repetia ele quando dois adolescentes gays que passavam pelo local não gostaram e chamaram a polícia. John Craven, 57, ficou em uma cela por 19 horas, sem comida, água e acesso a medicamentos para a sua artrite reumatoide.
Ele entrou com um processo contra a polícia por detenção ilegal, cárcere privado e violação de direitos humanos. Em sua defesa diz que os jovens se beijaram na frente dele para provocar, além de fazer gestos obscenos. Mas alegaram diante do policial que foi o pregador que os havia insultado e causado “assédio moral”.
Quando o oficial da polícia chegou, afirmava que Craven estava preso por perturbação da ordem pública.  “Eu disse a eles que de acordo com a palavra de Deus a homossexualidade é uma abominação. É a palavra de Deus. Citei Apocalipse capítulo 21, versículo 8”, explica.
“Não é apenas a minha opinião. Eu tive confrontos com as pessoas antes por pregar ao ar livre, mas nunca algo parecido com isto. Fui tratado muito rudemente pelo policial”, finalizou.
A corte condenou a polícia a pagar uma indenização de £ 13.000.  Contudo, caso tivesse sido condenado segundo o rigor da lei de Ordem Pública de 1986, que criminaliza o uso de palavras insultuosas com a intenção de causar o assédio, alarme ou angústia, poderia ter ficado seis meses na prisão.
A defesa de Craven ganhou a causa usando os termos da Lei dos Direitos Humanos da Inglaterra, citando o seu direito de desfrutar a liberdade de manifestar a religião (artigo 9 º) e à liberdade de expressão, incluindo a liberdade de transmitir informações e ideias sem interferência da autoridade pública (artigo 10).
Colin Hart, diretor do Instituto Cristão, que pagou os advogados de Craven também comemora: “A liberdade de expressão é um direito humano básico. Os próprios fundamentos da nossa liberdade dependem dele. Espero que polícia de Manchester tenha aprender lições para o futuro a partir deste caso, e que isso nunca mais aconteça”.
Craven se diz aliviado: “Parece que as ações da polícia mostram que eu e outros pregadores de rua não poderíamos pregar o evangelho em público livremente sem infringir a lei”. O evangelista continua semanalmente pregando nas ruas e diz que faz isso para que as pessoas possam crer em Jesus e ter a vida eterna. Com informações BBC.

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