TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: A VERDADEIRA POBREZA EXTREMA
Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer
Não gosto
do Evangelho da Prosperidade. Ele é muito pobre. Paupérrimo! Aliás, é a coisa
mais miserável que eu conheço. Em primeiro lugar, ele não é Evangelho. O Evangelho é a mais bela notícia que houve na
história da humanidade. O Evangelho, o mais puro e verdadeiro Evangelho, fala
das boas novas da Salvação do homem, mediante única e exclusivamente o
Sacrifício de Jesus Cristo. O Evangelho nos fala da vida eterna. A prosperidade,
muito pelo contrário, nos fala de coisas terrenas. Não gosto desta
prosperidade.
Em primeiro lugar, não encontro qualquer base bíblica no Novo
Testamento onde eu possa afirmar que, por ser servo de Jesus Cristo, eu deva
enricar. No entanto, por via totalmente contrária, o Evangelho me chama para
uma vida isenta de ganância.
O próprio
Jesus Cristo nos manda que nós não ajuntemos tesouros nesta terra, pois os tesouros
aqui são perecíveis, quer seja pela traça quer seja pelos ladrões. O Senhor
Jesus nos manda que ajuntemos nosso tesouro no céu (Mt 6:19), pois o que lá for
ajuntado será eternamente imperecível.
O Rei dos
reis ainda nos ensina que a riqueza e a cobiça têm um efeito diabólico na nossa
vida: impedem que a Palavra de Deus cresça dentro de cada um de nós! Nunca
ouviu isso de Jesus? Então atente mais precisamente para a parábola do Semeador
(Mc 4:1-20). Veja que, segundo Jesus, a riqueza e a cobiça são como “espinhos”
que matam a Palavra de Deus no homem, tirando-o dos caminhos do Senhor e
jogando-o na condenação eterna.
Apenas esses
motivos já seriam suficientes para fazer com que eu não goste da teologia da
prosperidade. Mas, ainda tem mais:
É que a
teologia da prosperidade nos fala de: carro novo, avião, mansão, ouro, prata,
dinheiro, enfim, bens desta vida. A teologia da prosperidade não nos fala
absolutamente nada acerca da vida eterna. A Bíblia nos diz que se esperarmos em
Cristo apenas para esta vida, somos, de todos os homens, os mais miseráveis (I
Co 15:19). As Sagradas Escrituras ainda nos afirmam que nossa vida deve ser
isenta de ganância, de forma que nós devemos nos contentar com o que temos (Hb
13:5).
Se prosperidade
financeira fosse confirmação da presença de Deus na vida de uma pessoa, então
como explicar que o próprio Cristo não tinha onde reclinar a cabeça?
Enfim, não vou
mais discorrer sobre um assinto tão pobre quanto esta teologia da prosperidade. Não gosto dela. É muito pobre.
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