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sexta-feira, 4 de abril de 2014



TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: A VERDADEIRA POBREZA EXTREMA


Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

Não gosto do Evangelho da Prosperidade. Ele é muito pobre. Paupérrimo! Aliás, é a coisa mais miserável que eu conheço. Em primeiro lugar, ele não é Evangelho.  O Evangelho é a mais bela notícia que houve na história da humanidade. O Evangelho, o mais puro e verdadeiro Evangelho, fala das boas novas da Salvação do homem, mediante única e exclusivamente o Sacrifício de Jesus Cristo. O Evangelho nos fala da vida eterna. A prosperidade, muito pelo contrário, nos fala de coisas terrenas. Não gosto desta prosperidade. 

Em primeiro lugar, não encontro qualquer base bíblica no Novo Testamento onde eu possa afirmar que, por ser servo de Jesus Cristo, eu deva enricar. No entanto, por via totalmente contrária, o Evangelho me chama para uma vida  isenta de ganância.

O próprio Jesus Cristo nos manda que nós não ajuntemos tesouros nesta terra, pois os tesouros aqui são perecíveis, quer seja pela traça quer seja pelos ladrões. O Senhor Jesus nos manda que ajuntemos nosso tesouro no céu (Mt 6:19), pois o que lá for ajuntado será eternamente imperecível.
O Rei dos reis ainda nos ensina que a riqueza e a cobiça têm um efeito diabólico na nossa vida: impedem que a Palavra de Deus cresça dentro de cada um de nós! Nunca ouviu isso de Jesus? Então atente mais precisamente para a parábola do Semeador (Mc 4:1-20). Veja que, segundo Jesus, a riqueza e a cobiça são como “espinhos” que matam a Palavra de Deus no homem, tirando-o dos caminhos do Senhor e jogando-o na condenação eterna.

Apenas esses motivos já seriam suficientes para fazer com que eu não goste da teologia da prosperidade. Mas, ainda tem mais:

É que a teologia da prosperidade nos fala de: carro novo, avião, mansão, ouro, prata, dinheiro, enfim, bens desta vida. A teologia da prosperidade não nos fala absolutamente nada acerca da vida eterna. A Bíblia nos diz que se esperarmos em Cristo apenas para esta vida, somos, de todos os homens, os mais miseráveis (I Co 15:19). As Sagradas Escrituras ainda nos afirmam que nossa vida deve ser isenta de ganância, de forma que nós devemos nos contentar com o que temos (Hb 13:5).

Se prosperidade financeira fosse confirmação da presença de Deus na vida de uma pessoa, então como explicar que o próprio Cristo não tinha onde reclinar a cabeça?

Enfim, não vou mais discorrer sobre um assinto tão pobre quanto esta teologia da prosperidade. Não gosto dela. É muito pobre. 

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