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sábado, 28 de novembro de 2015







O SANTÍSSIMO ENDEREÇO
 Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer

Eu vivia tão cansado
Buscando o que nem eu sabia
Repleto de fardos pesados
Bagagem de uma vida de pecados
Procurando o que pudesse dar alegria

Para onde quer que eu fosse
Sempre levava em minha viagem
Tanta culpa, medo e incertezas
Um viver repleto de impurezas
Era isso que formava minha bagagem

Em busca de grandes prazeres
Que pensei dar-me satisfação
Fui na casa da bebida
Fazendo do álcool uma saída
Sem saber que estava prostrado ao chão

Fui também em outra casa
Onde residia o prazer sexual
Uma vida de luxúria
De ações tão espúrias
Que no fim só me fizeram mal

E em busca do vil metal
Fui à casa da riqueza
Achando que ser rico era tudo
Busquei dinheiro feito um maluco
Vivi guiado pela avareza

Mas tudo era a mesma coisa
De igual forma sucedeu
Era tudo tão vazio
Como um barco longe do rio
Foi o que me aconteceu

Cheguei a pensar então
Todas as casas são iguais
Tudo é coisa passageira
Se sucedem da mesma maneira
A felicidade eu não buscarei mais

Mas um dia em minha vida
Pude a luz eu encontrar
Em uma residência especial
Pude dar fim a todo mal
Bendita paz pude encontrar

Uma pessoa então me deu
O endereço onde ir
Me disse que iria encontrar
Vida nova para eu desfrutar
Então para lá me dirigi

Fui então ao endereço
Pois nada mais tinha a perder
Eu tão desiludido
Pelo mundo já vencido
Só queria felicidade viver

Lá no bairro do amor
Segui para a rua da cruz
33 era o número da residência
Não precisei nem chamar com insistência
Quem me recebeu foi o próprio Jesus

Com um olhar tão amoroso
Ele para mim foi olhando
Me disse com alegria
Falando com euforia
Entre, Eu estava te esperando

A casa era linda
O ambiente sem qualquer defeito
Me senti um tanto deslocado
Por meus trajes tão surrados
Fui ficando meio sem jeito

Foi então que Jesus
Com um gesto de doçura
Pegou minha bagagem tão pesada
Sem sequer me cobrar nada
Levou toda a amargura

Esses fardos que tu levas
Agora não levareis mais
Deixa eles todos comigo
Pode confiar, sou teu amigo
Paguei o preço por tua paz

Neste exato momento
Algo novo aconteceu
Me senti aliviado
Não estava mais cansado
Plena paz Jesus me deu

Mas ainda tinha algo
Que insistia em me constranger
Era minhas vestes tão surradas
Sujas, feias e rasgadas
Algo horrível de se ver

De uma forma que não sei
Jesus me deu algo de especial
Roupas de uma brancura indescritível
Nunca vi coisa tão incrível
Era fora do normal

Eu lhe disse sinceramente
Jesus, por tais vestes não posso pagar
Não tenho o que te oferecer
Nada em troca eu posso fazer
Talvez seja melhor eu retirar

Amigo me escute
Quero que preste atenção
Essas vestes que te dei
Com meu sangue Eu paguei
Eu te dou de coração

E assim eu pude ver
O que fez por mim Jesus
Os meus fardos já não tinha
Minhas vestes bem branquinhas
Encontrei então a luz

Mas a hora era passada
Fui então me despedir
Disse, muito obrigado meu Senhor
Não posso descrever teu grande amor
Nem pagar o que tu fez por mim

E Jesus com alegria
Me falou sem hesitar
Outrora tu podia ser errante
Em minha casa não és um visitante
Tu vieste para morar

Ele então me abraçou
E novamente começou a dizer
Essa agora é tua morada
Perto de mim tu não sai por nada
Fiz um quarto só para você

Foi exatamente assim
Que brilhou para mim a luz
Eu que era um maltrapilho
Uma pessoa tão sem brilho
Hoje moro com Jesus

E assim como foi comigo
Eu posso te afirmar
Jesus quer ser teu amigo
Quer também te dar abrigo
E um quarto para morar


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