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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A MORTE DA MORTE





Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer


A MORTE DA MORTE


Tens uma fome incontrolável
Contra ti não há que tenha sorte
De tua foice ninguém jamais escapa
Oh, intolerante e maléfica morte

Desde que o mundo é mundo
Sempre cumpres tua triste missão
Semeias a dor, a saudade e a tristeza
Mergulhas no mar da angustia todo pobre coração

Não há um só ser humano
Que fique sem te conhecer
Não adianta tentar te evitar
Pois um dia tu vais aparecer

Bons amigos tu separas
Toda família tu já desfalcou
Destróis os planos dos viventes
Um ente querido de todos tu já levou

Quantos filhos desolados
Sepultam seus amados pais
Pais totalmente destruídos
Pelos filhos que não verão jamais

Por tua causa são produzidas
Tristezas constantemente
Oceanos de dolorosas lágrimas
São preenchidos, por tua culpa, diariamente

Teu agir é tão brutal
Tua foice tão afiada
Implacável tu sempre fostes
Será que não podes ser vencida por nada?

Teu reinado deletério
Eternamente fazendo o mal
Entras na história da vida alheia
E com tua caneta colocas um eterno ponto final

E por certo tu pensavas:
Incontrolável é o meu querer
Não há quem possa me impedir
Quem é que pode me deter?

Mas teve um dia na história
Que nasceu um certo alguém
Há uns dois mil anos passados
Em uma cidade chamada Belém
 
Era um simples carpinteiro
Sem linhagem nem nobreza
Filho de pessoas humildes
Sem influência nem riqueza

Quem o olhava não sabia
Que Ele do mundo era a sorte
Aquele simples galileu, imagine
Nasceu para aniquilar a morte

Seu nascimento foi sem glamour
Sua maternidade uma estribaria
Para fazer seu parto, só José
E animais por companhia

Foi crescendo o rebento
Como qualquer criança normal
Mas já aos 12 anos
Via-se nele algo de sobrenatural

Sua figura era comum
Nada digno de anotação
Mas suas divinas palavras
Faziam arder o coração

Talvez quando nasceu
A morte até mesmo pensou:
Esse é apenas mais um
Como qualquer outro, do seu destino dona sou

Tal pensamento da morte
Foi o mais errado existente
É que aquele humilde carpinteiro
É o Salvador de toda gente

Já durante sua jornada
Ele deixou a morte irritada
Pois trazia para vida
Aqueles que ela já tinha aplicado sua foiçada

A morte matava um
Ele tornava a trazer
A morte levava outros
Ele os tornava a viver

Então a morte pensou:
Que absurdo sem par
Como pode eu matar uma pessoa
E esse Jesus fazê-la ressuscitar!

Desta forma, disse a morte
Depois desse Jesus para mim ficou tudo complicado
Se eu não acabar logo com Ele
Terei meu trabalho todo dobrado!

Nunca houve neste mundo
Algo como esse Cristo fez
Imagine que absurdo
Eu ter que matar uma pessoa mais de uma vez!

Para resolver seu dilema
A morte botou seu melhor terno
E marcou uma reunião com toda a capetada
Lá no quinto dos infernos

Os capetas reunidos
Cada um querendo dizer que era o mais forte
Até que alguém falou mais alto e disse:
Com a palavra a senhora morte

Quero perante vocês
Neste ambiente infernal
Relatar meu sofrido dilema
E fazer uma reclamação formal

Estou passando por problemas
Que ninguém pode imaginar
É que encontrei alguém mais forte que eu
E eu não posso lhe derrotar!

Essa pessoa se chama Jesus
Homem como nunca eu vi
Integro, reto e sem pecado
Ainda por cima é da linhagem de Davi!

Pois é este o indivíduo
Que ressuscita quem já morreu
Quero que vocês façam algo
Com este citado galileu!

O inferno ficou em silêncio
Nem uma palavra sequer
O diabo pediu a palavra
E foi ficando de pé

Dona morte fique sabendo
Que a verdade vou lhe dizer
Contra esse Jesus chamado o Cristo
Não se tem o que fazer

Imagine que eu já lutei
Desde que Ele nasceu
Tentei matá-lo ainda criança
Mas nada aconteceu

Desde que Jesus existe
Ele faz acontecer
Até mesmo eu e meus capetas
Ele bota pra correr

Se lembra do gadareno,
O melhor capeta que já nasceu
Jesus botou-lhe para correr
E até hoje gadareno não apareceu

Dona morte se aquiete
Para nós já ta tudo perdido
É que esse Jesus que tu falas
É o Messias prometido

Ao ouvir essas palavras
Sem conseguir acreditar
A morte foi para um canto da parede
E começou a chorar

Mas após o seu soluço
Não seu deu por vencida
Arquitetou então um plano
Para vencer o Autor da vida

E pôs seu plano em prática
Agindo com muita atenção
Findando lá no Gólgota
Com a crucificação

Ao ver Jesus sem vida
Pregado naquele madeiro
Pensou a pobre morte
Que tinha matado o Cordeiro

Mas o Cordeiro não foi morto
Ele foi quem se entregou
A morte estava enganada
Mais uma vez amargamente ela chorou

Após o terceiro dia
Que Jesus se entregou
Ele por si próprio tornou a vida
E da morte ressuscitou

Desta forma Jesus Cristo
A vida eterna nos deu
Humilhando toda sorte de demônio
E a morte por fim Ele venceu

A morte ainda leva o homem
E vidas continua a ceifar
Mas agora ela só age
Se Jesus autorizar

Jesus ainda nos promete
Quando a igreja vier buscar
Que durante seu retorno
A todos vai ressuscitar

A morte sabe muito bem
Assim como eu e você
Que os que hoje ela mata
Um dia tornarão a viver

E assim se deu o fato
Ocorrido lá na cruz
Sendo agora a pobre morte
Simples serva de Jesus

Não se admire se um dia
Quando por uma clínica você passar
E lá na sala de espera do psicólogo
A morte estiver para se tratar

Para ti oh morte
Não existe qualquer glória
Eu pergunto como Paulo:
Morte, onde está tua vitória?

É a Bíblia quem nos diz
Como tudo aconteceu
O dia que Jesus ressuscitou
Foi o dia em que a morte morreu



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