Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer
IMAGINE...
Imaginemos a
seguinte situação: Jesus, antes de ser assunto aos Céus, detalha suas ordens
para os seus discípulos. A narração que agora se segue não consta na Bíblia, trata-se na verdade de uma ficção, na qual se quer explicar o Evangelho e a Grande Comissão.
Imagine, por
favor, Jesus dando as últimas instruções aos discípulos:
― Bom, agora que já cumpri as ordens de meu
Pai, que fiz Sua soberana vontade, que reconciliei a humanidade com Ele e que
paguei por absolutamente todos os pecados de absolutamente todos os homens, agora Eu vou voltar para a destra de Deus Pai, onde intercederei constantemente por
vocês. Mas não se preocupem, não deixarei vocês sozinhos nem desamparados. Eu
irei, mas enviarei o Espírito Santo de Deus. Ele não apenas estará com vocês a
cada momento, mas Ele próprio habitará em cada um de vocês e também de todo aquele que Me confessar como
Senhor e Salvador de suas vidas. Para isso, ou seja, para que os homens Me
aceitem como Senhor e Salvador, eles têm que crer em Mim, e para que eles
possam crer em Mim, eles têm que ouvir as minhas Palavras, que são justamente
as mesmas Palavras que Eu tenho dito a vocês nestes três anos de convivência e ensino pelo
qual passamos. Para que eles possam ouvir minhas Palavras, vocês sairão pelo
mundo proclamando tudo o que vocês viram, e repetindo tudo aquilo que de Mim
ouviram. Sejam minhas testemunhas. Da mesma forma que vos ensinei, agora quero que cada um de vocês, deixem
tudo para trás, e propaguem as Boas Novas de Salvação. Quero que em cada lugar
que exista, mesmo que haja uma única pessoa apenas, o Evangelho seja pregado. Não importa
a quem, não importam onde. Quero que vocês preguem. Que façam discípulos. Cada alma
que existe tem um preço incalculável para mim.
Um dos
discípulos que ouvia Jesus assim perguntou-Lhe:
― Senhor, por certo nós faremos tudo que
mandares, e sim, levaremos a Tua mensagem a toda criatura. Todavia, há uma
questão que eu gostaria de levantar, e uma vez que vamos sair mundo a fora para
anunciar-Te às pessoas, então é bom que fique tudo claro. E que nós vimos tudo
o que os principais dos Judeus Ti fizeram. Os plano malignos engendrados pelos fariseus e saduceus. Como até mesmo o próprio povo gritou "crucifica-O'. Como eles te perseguiram por três
anos. O ódio que eles tinham por Ti. Como eles levantaram tantos falsos
testemunhos. Como eles sempre tentaram apanhar-Te em algum deslize.
Como eles Ti espancaram. Como Ti humilharam, esbofetearam. E, por fim, Ti pregaram em uma cruz. Assim, obviamente, quando Tu nos dizes para pregarmos
para todas as pessoas, fica claro que não devemos pregar aos Judeus. Pois eles
já tiveram sua chance, e desperdiçaram. Estou certo?
Jesus
responde:
― Será que vocês não entenderam nada do que Eu
tanto preguei e ensinei. Em primeiro lugar, não foram os Judeus que me mataram.
Mas Eu que, voluntariamente, entreguei-Me para morrer, como sacrifício vivo. A
humanidade não me matou, Eu que entreguei a minha vida por todas as pessoas que
estão vivas, que já morreram ou que ainda vão nascer. Aliás, não apenas quero
que vocês vão anunciar-lhes as Boas Novas, como quero que as Boas Novas sejam
primeiramente anunciada a eles. Vejam, Eu não quero que vocês preguem
primeiramente para os samaritanos nem para os gentios. Não. A hora deles
ouvir o Evangelho chegará, assim como para todos os povos. Mas, em
primeiro lugar, quero que vocês preguem para as ovelhas perdidas da Casa de meu
Pai, ou seja, que preguem primeiramente para os Judeus. Digam-lhes que os amo,
que meu amor por eles não tem limites, e que ainda na cruz já intercedi por
eles ao meu Pai. Digam que também foi por eles que morri, e seus pecados eu já paguei. Peçam-lhes para examinar minuciosamente as Escrituras, e
eles poderão perceber que elas testemunham de Mim. Mostrem a cada um deles que
cada passagem do Velho Testamento que apontava para a vinda do Cordeiro de
Deus, estava se referindo a Mim. Digam-lhes que da mesma forma que há perdão e
salvação para todos os homens, há perdão e salvação para eles também.
Outro discípulo
ainda levanta outra questão:
― Mestre, sei que tu amas aos Judeus, pois são
povo Teu, além de serem filhos da promessa que Teu Pai fez a Abraão. Faremos tudo exatamente como Tu mandas. Mas existem pessoas as quais nós não devemos anunciar as
Boas Novas. Por exemplo, a família de Judas, o traidor. Ele Ti vendeu por 30
moedas de prata, ou seja, pelo mesmo valor que era pago por escravo que era
morto. Certamente que para os Iscariotes não devemos pregar?!
Jesus suspira profundamente, e responde:
― Ah, Meu discípulo! Ainda não entendestes? Não
existe nenhuma pessoa que não deve ter a oportunidade de ouvir sobre a Salvação. Nenhuma! Por favor, não faça qualquer distinção, pois não há
mais nem judeu nem grego, nem livre nem escravo, nem senhor nem servo. Todos são
um em Mim. Enquanto à família de Judas, por semelhante modo pregue a eles também, sem
esquecer-se de um sequer. Lembra do que Eu disse a Judas quando ele Me beijou
traindo-Me? Lembra que Eu disse: Amigo, com um beijo tu me trais? Quando chamei
Judas de amigo, Eu não estava sendo irônico. Não. Para Judas, talvez Eu não passasse
não significasse nada, mas para Mim ele era um amigo. E mais, se ele pedisse-Me
perdão por ter Me traído, você acha que eu não o perdoaria? Claro que sim! Aos Iscariotes
também deve ser pregado.
Como eu disse
esse discurso acima não consta em nenhum lugar da Bíblia. Mas ele retrata a
personalidade amorosa de Jesus. Já imaginou se vivêssemos e pregássemos o
Evangelho desta forma? Certamente que tudo seria diferente!
Imagine...
Maravilhoso o texto. Amei!!
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